O ex-ministro José Dirceu virou réu em mais uma ação penal oriunda da Operação Lava Jato. Ele já foi condenado duas vezes por crimes como corrupção e lavagem de dinheiro. Somadas, as penas chegam a 41 anos de prisão.
Na terça-feira (20), o juiz federal Sérgio Moro – responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância – aceitou a terceira denúncia contra o ex-ministro, porém, suspendeu a tramitação do processo por um ano.
Neste ação penal, José Dirceu é acusado de receber propina da Engevix e da UTC.
O advogado Roberto Podval, que defende o ex-ministro, afirmou que a decisão de Sérgio Moro foi uma vitória para a defesa.
“Determinar que o processo fique parado por um ano é uma forma de dizer que não tem o menor cabimento”, disse o advogado.
Roberto Podval ainda falou que a denúncia foi criada pelo Ministério Público Federal (MPF), no dia em que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou o pedido de habeas corpus de José Dirceu, como uma “forma de intimidar e pressionar”.
De acordo com a denúncia apresentada pelo MPF, as propinas eram em decorrência de acertos de corrupção envolvendo contratos da Petrobras, pela ascendência de José Dirceu sobre a Diretoria de Serviços da estatal.
No caso da Engevix, foram R$ 900 mil em pagamentos à Entrelinhas, empresa que prestou serviços de comunicação ao ex-ministro.
Já a UTC pagou R$ 1,5 milhão por supostos serviços de consultoria da empresa de José Dirceu, a JD Consultoria, mas sem nenhum serviço prestado.
Além de José Dirceu, viraram réus na ação o irmão dele Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, o ex-executivo da UTC Walmir Pinheiro Santana, e o ex-executivo da Engevix Gerson Almada.
Luiz Eduardo de Oliveira e Silva foi preso no dia 9 de fevereiro, em Ribeirão Preto (SP), por condenação em segunda instância relacionada a outro processo da Operação Lava Jato.
Fonte: G1