O governador da Paraíba, João Azevêdo, em entrevista à imprensa nesta quinta-feira (06) defendeu a manutenção dos estados na reforma da previdência que está sendo analisada no Congresso Nacional. Ele também acredita que os municípios deverão ser excluídos desta reforma, já que teriam mais alterações a serem feitas.
“Os estados precisam estar na reforma. Porque, se não, nós vamos ter uma previdência diferente para cada estado e isso não vai ser possível”, explicou o governador paraibano. Ele completou ainda sua linha de pensamento afirmando que considera importante “manter os estados na reforma, até porque poucas alterações se processarão nos estados. Nos municípios são mais alterações”.
O relator da reforma da previdência na comissão especial do Congresso, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), afirmou nesta quarta-feira (05) que a Câmara está “bem dividida” sobre a aplicação aos servidores estaduais e municipais das regras de aposentadoria previstas na proposta. Uma parte dos deputados defende a retirada dos estados e municípios da reforma, por meio de emendas ao texto. Se isso acontecer, cada estado e município, caso queira, teria de aprovar sua própria reforma da Previdência Social.
Considerada prioritária pela equipe econômica para recuperar as contas públicas, a reforma da Previdência prevê regras mais rigorosas para a aposentadoria de todo o funcionalismo público e também dos trabalhadores da iniciativa privada.
João Azevêdo acredita que “existe um conjunto de coisas que precisam ser alteradas para que essa reforma avance até mesmo dentro do Congresso”. Ele apontou que a proposta precisa ser analisada de forma mais ampla. “Não é só o que vai acontecer no futuro. Essa reforma que está proposta não trata do déficit da previdência atual. Isso que nos preocupa”, lamentou.
O governador ainda destaca que a reforma da previdência “daqui a dez anos, quinze anos, vai começar a ter um efeito sobre a previdência. Só que existem pontos que são inegociáveis, a capitalização por município, a forma de trabalhar o trabalhador rural igual ao trabalhador urbano também não concordamos”.
Fonte: Click PB