A chegada de Rosil Cavalcanti a Pombal, em meados de 1947, marcou o início de um período intenso e repleto de histórias na vida do artista que viria se destacar como um dos grandes nomes do cancioneiro nordestino. Na bagagem, além da espingarda para as caçadas que tanto apreciava, trazia talento, ambição, um amor à distância e um humor tão afiado quanto espontâneo.
Rosil chegou à cidade atraído por uma promessa de um emprego na Brasil Oiticica, uma indústria de beneficiamento de polpa do fruto da Oiticica. A única pessoa que conhecia na cidade era um empresário Hermínio Monteiro, comerciante de algodão que tinha negócios na cidade de Campina Grande, onde Rosil residia.
Em carta à noiva, Rosil Cavalcanti contou como foi sua chegada a Pombal. Logo no primeiro dia foi convidado para uma festa na Brasil Oiticica. Vestiu roupa branca e se apresentou à sociedade local. No meio da festa, organizaram um programa artístico e, sabendo de sua ligação com a orquestras Tabajara do maestro Severino Araujo, pediram que ele cantasse. Rosil não se fez de rogado: cantou uma embolada, depois outra, e o público pediu bis sucessivos. Aplaudido com entusiasmo, logo se viu cercado de fãs, especialmente as moças que o convidavam para dançar. Entre cantorias e rodadas de dança, conquistou a simpatia da sociedade pombalense e consolidou seu prestígio como cantor já em sua chegada.
“Fui o tal. No outro dia, era o assunto. Todos me davam parabéns e gente havia que fazia questão de me conhecer para apertar a mão de um grande cantor que estava presente em Pombal, para abrilhantar com sua presença e suas emboladas as festas que por ventura aparecessem na cidade. De maneiras que estou convidado para qualquer festa que aparecer.”
A cidade em clima eleitoral
A Brasil Oiticica, multinacional que processava o óleo de oiticica – muito demandado durante a Segunda Guerra Mundial –, era o coração econômico da região. Rosil soube navegar também nesse ambiente. Trabalhou como classificador de sementes, depois como auxiliar de escritório e, mais tarde, como caixa. Sua relação com os administradores da empresa era tão boa que chegou a ser convidado para trabalhar na matriz da Tintas Ipiranga, em São Paulo – proposta que declinou devido ao casamento iminente.
Enquanto isso, trocava cartas apaixonadas com sua noiva Maria das Neves Coura (Nevinha), que deixou em Campina Grande. Nelas, descrevia o calor, a poeira, o feijão macassar do hotel, as caçadas e as movimentações políticas da cidade. Eram tempos de eleição municipal, e Rosil não se furtou à política: apoiou publicamente o Major Manuel Arruda, candidato do Partido Social Democrático (PSD), e fez campanha contra a União Democrática Nacional (UDN), que chamava de “amarelos”, representada pelo candidato Francisco de Sá Cavalcante, que, embora tivesse governado Pombal por duas vezes, era natural da cidade de Sousa.
Oficial de carreia da Polícia Militar da Paraíba, Arruda se destacou em importantes momentos históricos, como no combate ao cangaço, a Coluna Prestes, na Revolta de Princesa e na Revolução de 1930. Após a vitória dos revolucionários de 1930, Arruda foi nomeado prefeito discricionário de São José de Piranhas, cargo que ocupou até 1935. A candidatura de Manuel Arruda uniu as duas maiores liderança locais da cidade. Os médicos Janduhy Carneiro, deputado federal do PSD, e José Queiroga, deputado estadual, da UDN.
A candidatura de Sá Cavalcante representavas a resistências dos udenistas que se negavam a participar do mesmo palanque dos pessedistas. Genro do coronel José Avelino Queiroga, poderoso fazendeiro falecido em 1941, e associado politicamente a Argemiro de Figueiredo, líder udenista no Estado, Sá Cavalcante era visto por seus opositores como um forasteiro – “de fora” – e tinha reputação de ser alcoólatra, apelidado de “bebão”, como mencionou Rosil em tom jocoso.
Logo após a apuração dos votos, Rosil compartilha com Nevinha as novidades políticas de Pombal. Ele relata, com entusiasmo, a vitória do seu candidato, o clima de celebração que tomou conta da cidade, embora desdenhe das “besteiras” da política, prevendo que as mesmas pessoas que comemoravam logo estariam criticando o prefeito. Fala também do sucesso de uma paródia que ele compôs para a campanha do Major Arruda — uma adaptação da canção “No Meu Pé de Serra”, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira.
“As eleições daqui já terminaram, isto é, já houve a apuração. O candidato do PSD, Major Arruda, venceu com 509 votos de vantagem, incluindo 118 votos que vão ser resolvidos pelo Tribunal Eleitoral – sem os 118 impugnados, são 391.
Hoje aqui as bombas, os gritos, etc. são em quantidade – passeatas, manifestações e todas estas besteiras, estão dando na canela… estas mesmas demonstrações daqui a 1 ano, são nomes e desejos virados ao Prefeito, pode ficar certo disso.
Parece que agora à noite vai haver baile no Pavilhão da praça. Depois desta carta, parece que vou com a turma da república (são 7:10 da noite). É bem em frente daqui (*). Mande alguma notícia das eleições daí, pois nos interessa, não é?
O candidato de Argemiro, aqui, não viu o azul. É um Sá Cavalcante – cabra feio, cachaceiro, gastador da gaita da Prefeitura e do tamanho de Olavo. Eu fiz uma letra para Arruda, com a música do Pé de Serra, segue. Tem feito sucesso aqui”.
(*) O Serviço de som de Rosil Cavalcanti era no imóvel em que hoje reside o autor deste texto.
Sua atuação na campanha não foi apenas como eleitor, mas como ativista cultural e propagandista do PSD, usando seu talento musical e sua comunicação afiada para influenciar e animar o ambiente político local.
O humor irresistível de Rosil
O humor de Rosil Cavalcanti era uma marca registrada de sua personalidade — afiado, espontâneo e cheio de ironia sertaneja. Ele usava a comicidade para descrever o quotidiano, criticar situações e até mesmo para aliviar tensões.
Em suas cartas para Nevinha, Rosil não poupava críticas bem-humoradas ao quotidiano pombalense.
Sobre o calor implacável, escrevia:
“A preguiça tem me pegado de uma maneira que não sei como estou com vontade de lhe escrever. Não fosse a obrigação de escrever, garanto que não estaria fazendo isso. Pois este calor dá uma preguiça danada, acompanhada de uma camada de suor que deixa qualquer brejeiro como eu, sem vontade de se levantar do lugar onde o vento costuma soprar.”
A comida do hotel também era alvo de seu sarcasmo:
“Depois de um almoço puxado a feijão macassar, onde se sente uma catinga de urubu, a gente fica um tanto esquerdo… Eu já disse à dona do Hotel que pelo amor de Deus deixasse de cozinhar esse tal feijão macassar e passasse a comprar o mulatinho, senão eu deixaria de comer no hotel e me mudaria para outras paragens.”
Brincava consigo mesmo sobre o peso, o calor e a preguiça:
“Não sei como será de mim com este calor – tenho bebido tanta água, que já aumentei uns 40 centímetros na cintura. E parece que estou engordando, pois hoje depois que fiz a barba, notei que a papada está mais crescida… você faça ideia mesmo… eu com pose de gente rica e papada de família…”
Até mesmo o amigo Hermínio Monteiro, seu elo com Campina, era alvo de suas tiradas:
“O Hermínio, como sempre, desaparece daqui para João Pessoa e eu nem o vejo quando chega nem quando sai. Sai escondido para que eu não peça a ele para ir também.”
Seu humor aparecia até nas situações mais prosaicas, como a falta de recursos no correio local:
“Aqui, não tem papel de telegrama nem há selos para as cartas, mas em compensação a empregada do Correio, é feia demais…”*
Em uma de suas cartas cheias de humor e leveza, Rosil Cavalcanti brinca com o termo “envelope” — chamando-o de “Zé Velope” — ao relatar para Nevinha o momento em que recebeu uma de suas mensagens.
Eis o trecho da carta:
“Recebi ontem à tarde, quando voltava da Lagoa de D. Néca, no Altinho. Cinco horas da tarde. A rua estava cheia de gente que voltava do enterro de um cunhado de D. Néca. Na rua mesmo, rasguei o Zé Velope e saí lendo — estava fantasiado de caçador, espingarda a tiracolo e com uns dois companheiros atrás de mim.”
E mesmo em momentos sérios, como um velório que frequentou, confessou:
“Fui ao enterro do coronel João Queiroga. Foi tanto choro, que eu também tive vontade de chorar.”
Sobre suas dívidas:
“Devo uns bicos e com muita vontade de pagar, mas, tenho de dizer – quem quiser esperar, que espere – e quem não quiser, me dê um recibo de quitação.”
Sobre o pão-durismo de sua mãe:
“Estou ainda aguardando carta de mamãe. Não sei o que há. Só sei é que ela não podendo fazer nada comigo. Quando mandei pedir o dinheiro., colocou o meu retrato de cabeça para baixo, na sala lá do engenho.”
Rosil Cavalcanti tinha grande paixão pela caça e pesca, que eram seus principais hobbies durante sua estadia em Pombal. Ele descrevia as caçadas e pescaria como momentos de aventura, liberdade e contato com a natureza.
Ele deixou registrado em suas cartas, suas expedições, muitas vezes saindo de madrugada e retornando apenas ao entardecer. Matava principalmente rolinhas, nambus e marrecas, que depois assava e comia no próprio local, acompanhado de café coado na hora e farinha.
Ele via a caça não apenas como atividade esportiva, mas como uma forma de escape do calor e da rotina, um momento de puro prazer e descontração. Chegou a convidar Nevinha para acompanhá-lo em suas incursões, prometendo dias divertidos à beira na lagoa (açude) do sítio Altinho de dona Néca, com direito a banho de rio e refeições rústicas sob a sombra das árvores.
“Iremos passar os domingos no mato, distante da rua, preparando nosso almoço assim, debaixo duma sombra, numa lagoa perto, um fogo, uma latinha fazendo café, um espeto de rolinha, uma lata com farinha e o resto: nós dois descansando da semana. Quer? Sai pela manhã e se volta à tarde, tendo respirado ar puro, tomando sol, suado, feito exercício no corpo todo etc. etc.
Prepare as pernas e vamos tirar uma légua de ida pela manhã e outra à tarde, de volta, atravessando o rio a nado. Você topa a parada? Sabe nadar? Eu também não sei não…”
Além de sua paixão pela caça, Rosil encontrou nessa atividade um valioso meio de integração social em Pombal. Ele formou um grupo próximo de companheiros de aventuras, incluindo Antenor Amorim, Iraní Calado e Juca Arruda — irmão do prefeito Major Arruda —, com quem compartilhava não apenas as expedições de caça, mas também momentos de descontração e histórias vividas no sertão.
Paralelamente, Rosil estabeleceu outras redes de amizade que solidificaram seus laços com a comunidade local. Personalidades como Inácio do Bar, Genival, Joel, Epitácio Queiroga, Ivanil Salgado (professora da Brasil Oiticica), Romão, Adália e Luizinho tornaram-se presenças constantes em seu dia a dia. Essas relações iam além da convivência ocasional: muitos desses amigos atuavam como elos de ligação entre Pombal e Campina Grande, transportando recados, encomendas e mantendo vivo o contato com sua noiva, Nevinha.
Rosil recusa proposta mais vantajosa para permanecer em Pombal
Em 1948, Rosil Cavalcanti enfrentou uma decisão crucial: aceitar uma proposta de emprego da Empresa Castelões, em Campina Grande, com salário de 1.500 cruzeiros, ou permanecer em Pombal com um rendimento menor (1.000 cruzeiros) na Brasil Oiticica. Ele escolheu ficar.
Alegando questões de saúde – sua e de sua noiva Nevinha –, pela adaptação ao sertão e pela confiança nas oportunidades locais, Rosil privilegiou a qualidade de vida e os laços construídos em Pombal. Sua integração social, o apoio político do prefeito Major Arruda e a perspectiva de crescimento na multinacional pesaram mais que o salário imediato.
Trecho de uma carta de Rosil a Nevinha:
“Fui à Brasil Oiticica […] e recebi a notícia da minha colocação. […] O emprego da Castelões é bom, mas pode falhar mais adiante. E mesmo, eu não tenho vontade de morar em Campina, pois você sabe que não me dou bem de saúde. […] Ficaria melhor para você, mas em compensação, ficaria pior para mim. […] Espero que morando em Pombal, nós melhoraremos de sorte e de gordura.”
Essa escolha reflete não apenas cautela, mas também uma visão estratégica: preferiu estabilidade e raízes comunitárias a uma mudança arriscada. No entanto, a paz durou pouco. Dois anos depois, uma agressão política violentamente interromperia seu projeto de vida no sertão.
Rosil casou-se com Nevinha em Campina Grande, no dia 26 de junho de 1948. O casal veio residir em Pombal, onde viveram momentos de simplicidade e companheirismo. entre caçadas aos domingos e noites na difusora.
Agressão e Despedida: a saída de Rosil Cavalcanti de Pombal
Sua atuação como locutor na difusora do clube social da Brasil Oiticica – e mais tarde na Difusora Tupã, ligada ao PSD – ampliou sua influência. Com um estilo direto e humorado, Rosil tornou-se voz ativa na comunidade. Mas essa visibilidade teve um preço. Em junho de 1950, foi vítima de uma agressão covarde nas ruas de Pombal, motivada por disputas políticas locais. O episódio, amplamente noticiado, acelerou sua saída da cidade.
Em 16 de junho de 1950, por volta das 19h10, Rosil Cavalcanti foi vítima de uma agressão violenta em Pombal-PB, quando se dirigia com sua esposa, Nevinha, da sede do Hotel Paraibano (onde residiam) para o diretório local do PSD, partido para o qual Rosil trabalhava como locutor oficial na difusora de alto-falantes.
O agressor, identificado posteriormente como Urçulino Tranquilino — homem moreno, barbado, de constituição robusta, vestindo traje xadrez azul e chapéu cinza —, surpreendeu o casal em um beco escuro entre a Loja dos Pobres, de propriedade do comerciante Justo Ugulino, e o Mercado Municipal. Sem proferir qualquer palavra, desferiu socos e pontapés contra Rosil, que revidou na defensiva. Nevinha gritou por socorro e tentou segurar o agressor, que chegou a sacar uma arma — não identificada claramente — e ameaçou testemunhas com a frase: “Se vier, morre”.
Rosil conseguiu escapar em direção ao hotel, mas teve os óculos quebrados, a camisa rasgada e sofreu ferimentos no braço direito. O caso foi registrado em Boletim de Ocorrência no dia seguinte (17 de junho) e ganhou repercussão política. O deputado estadual Otacílio Queiroz citou o episódio em discurso na Assembleia Legislativa, denunciando a proteção policial a criminosos na região durante o governo anterior.
De Retorno a Campina Grande
Após o lamentável acontecimento, o casal decidiu deixar Pombal de forma relativamente rápida, encerrando seu ciclo de três anos na cidade. O ataque violento – somado às ameaças do agressor e ao clima de tensão política – tornou insustentável a permanência do casal em Pombal. A sensação de vulnerabilidade foi decisiva. Rosil aceitou um novo emprego na SANBRA (Sociedade Algodoeira do Nordeste Brasileiro), multinacional com sede em Campina Grande, para onde se mudou com Nevinha.
Em Campina Grande, Rosil deu expansão ao seu talento de radialista, humorista e compositor. Ganhou destaque no rádio com o programa “Forró de Zé Lagoa”, onde se apresentava sob o pseudônimo de Zé Lagoa. O programa, que combinava humor, canções, poemas e informações de utilidade pública, tornou-se um dos mais populares das décadas de 1950 e 1960.
O pontapé inicial para a consagração de Rosil como um dos grandes nomes do cancioneiro nordestino ocorreu em 1953, com o lançamento do coco “Sebastiana”, imortalizado na voz de Jackson do Pandeiro, com quem fazia a dupla Café com Leite. A canção, de ritmo contagiante e letra espirituosa, não apenas projetou Jackson no cenário nacional, como também deu a Rosil o reconhecimento de compositor de talento singular, capaz de traduzir em música a vivacidade, o humor e a força cultural do Nordeste.
Rosil Cavalcanti: A voz e a canção do Nordeste
Compositor, radialista e figura central da cultura nordestina, Rosil Cavalcanti consagrou-se como um dos nomes mais influentes da música regional brasileira. Nascido em Macaparana (PE) e radicado em Campina Grande (PB), onde viveu grande parte de sua vida, Rosil deixou um legado musical marcado por parcerias históricas, letras afiadas e um profundo conhecimento das tradições do sertão.
Suas composições – muitas delas escritas em parceria com gigantes como Jackson do Pandeiro e Luiz Gonzaga – tornaram-se hinos atemporais, gravados e regravados por sucessivas gerações de artistas.
Principais composições e intérpretes originais
1. “Sebastiana” (com Jackson do Pandeiro)
– Um dos maiores clássicos do forró, imortalizado por Jackson do Pandeiro e regravado por artistas como Gal Costa e Elba Ramalho.
2. “Tropeiros da Borborema” (com Raimundo Asfora)
– Considerado como o hino não oficial de Campina Grande, foi gravado originalmente por Luiz Gonzaga
3. “Meu Cariri”
– Gravada originalmente por Luiz Gonzaga, tornou-se um hino à resistência e à beleza do sertão.
4. “Cabo Tenório”
– Outra parceria com Jackson, celebrada pela crítica e pelo público.
5. “Aquarela Nordestina”
– Música-poema que pinta com sons e palavras a paisagem e a cultura do Nordeste.
6. “Lição de Tabuada”
– Sucesso na voz de Jackson do Pandeiro, misturando humor e crítica social.
7. “Forró na Gafieira”
– Tema animado que virou carro-chefe de festas e forrós pé-de-serra.
8. “Saudade de Campina Grande”
– Homenagem à cidade que adotou, gravada por vários intérpretes.
9. “Mané Cazuza”, “Assunto Novo”, “Moxotó”
Intérpretes de suas obras
Além de Jackson e Gonzaga, Rosil teve suas músicas gravadas por:
• Marinês (a Rainha do Xaxado)
• Genival Lacerda
• Abdias
• Zé Calixto
• Teixeirinha
• Trio Nordestino
• Jacinto Silva
• Ary Lobo
• Clara Nunes
• Zé Ramalho
• Dominguinhos
• Elba Ramalho
• Gal Costa
• Biliu de Campina
• Jorge de Altinho
• Luci Alves
O radialista e difusor da cultura
Além de compositor, Rosil comandou programas emblemáticos como “Forró de Zé Lagoa” na Rádio Borborema, em Campina Grande, onde promovia a música nordestina e revelava talentos. Sua voz e seu ouvido musical ajudaram a consolidar o forró como gênero nacional.
Estilo e temática
Rosil Cavalcanti era conhecido por:
– Letras que valorizavam a identidade nordestina;
– Humor inteligente e crítico;
– Parcerias estratégicas com os maiores nomes de sua época;
Uma produção musical que ia do baião ao xaxado, do xote ao coco.
Um legado que permanece
Rosil faleceu em Campina Grande, 10 de julho de 1968, aos 53 anos, mas sua música continua viva – seja nas vozes dos que o sucederam, seja na memória afetiva de quem cresceu ouvindo seus sucessos. Sua obra é um testemunho artístico do Nordeste e sua gente, e segue ecoando como parte essencial da história musical do Brasil.
Fonte: “Pra dançar e xaxar na Paraíba: andanças de Rosil Cavalcanti”, de Rômulo Nóbrega e José Batista Alves (2015).
( * ) – Trecho Livro -“A história de Pombal contextualizada no Cenário Nacional”_ (Título Provisório), de José Tavares de Araújo Neto.
JOSÉ TAVARES DE ARAÚJO NETO