Mesmo com o fim da quadra invernosa a proliferação de pernilongos tornou-se um problema crescente em diversos bairros da cidade de Pombal.
Moradores estão registrando a presença desses insetos nas residências a partir do fim da tarde, passando por todo o período noturno, gerando com isso grande incômodo.
“Temos que fechar tudo senão as muriçocas invadem. A gente fica sem conseguir dormir”, disse uma moradora do Bairro Santo Amaro.
Na tentativa de se proteger contra as picadas, muitos têm recorrido à utilização de repelentes, ventiladores e inseticidas. Porém, sofre mais com a situação quem é alérgico a picadas, ou substâncias químicas aplicadas no combate.
“Alivia, mas não resolve”, afirmou outra residente na área.
Mesmo quem habita em apartamentos, espaços elevados onde costuma ventilar mais, tem enfrentado a mesma situação conforme constatou a reportagem do Portal Liberdade PB.
“Até no quarto com ar condicionado elas entram. As pessoas não sabem mais o que fazer”, ressaltou outra pessoa que tem vivido a mesma situação no Bairro Santo Amaro, onde reside.
Segundo informação levantada junto ao setor clínico do Hospital Regional de Pombal, as reações alérgicas causadas pelas picadas podem se transformar em erupções cutâneas caracterizadas por forte prurido. A forte coceira origina feridas que podem acarretar infecções bacterianas.
Em último grau, principalmente em crianças, um médico afirmou que há chances de as infecções evoluírem para quadros mais graves.
A grande proliferação de pernilongos na cidade pode estar relacionada às mudanças climáticas e ambientais típicas desta época do ano. A mistura de calor e umidade, além da acumulação de poças de água, estaria favorecendo a reprodução das muriçocas.
O lixo em depositados em áreas inadequadas também contribui para a maior disseminação do mosquito.
Já outro fator para o atual quadro é que muriçoca tem seu ciclo reprodutivo na água suja, então fossas estouradas, esgotos e canais sem drenagem são locais propícios a isso.
Marcelino Neto