Como já era de se esperar a “Audiência Pública” realizada nessa sexta-feira (18.10), na Câmara Municipal de Pombal, não serviu para apontar qualquer solução sobre a condição do calçamento da cidade comprometido depois da “implantação” do projeto de esgotamento sanitário.
Sem a presença do prefeito Abmael Lacerda, que por ser o gestor da cidade deveria demonstrar o interesse em participar do evento, mesmo sabendo que de nada serviria o momento.
Também registrou a não participação de representante do Ministério Público, Fundação Nacional de Saúde (FUNASA), da Empresa CONSBRASIL – responsável pela obra em sua segunda parte do projeto, da ex-prefeita e atual deputada Pollyana Dutra, além de outros convidados que sequer confirmaram suas presenças ao convite da mesa da Casa.
A circunstância não passou de uma “entrelinha política” onde situação e oposição se digladiaram na tribuna legislativa, ostentando o papel e a obrigação de “acusar” ou “defender”.
Para quem compareceu à Casa de “Avelino Queiroga Cavalcanti” nada ouviu como novidade, num espetáculo lamentável produzido sob o calor do embate partidário dos que estão politicamente ligados às lideranças locais.
Sem propostas e sem rumos, os transtornos ocasionados pela obra vão continuar sendo tratados na esfera judicial.
Diante do exposto a assertiva mais clara e prudente foi a do vereador Josevaldo Feitosa (PSB), que preferiu não comparecer a sessão prevendo os resultados.
Dias antes, também na tribuna, o edil chegou a afirmar que uma CPI para tratar sobre o esgotamento já havia sido criada e nada foi produzido a não ser ônus para a Casa Legislativa a partir do gasto de dinheiro público nessa comissão.
“Sequer um relatório foi feito para se entregar ao Ministério Público ou a qualquer outro órgão”, lembrou.
A previsão feita por Josevaldo seria que o espaço serviria para uma enxurrada de acusações e defesas, com um lado acusando e o outro defendendo. Experientemente acertou.
“Esta Casa mais uma vez vai gastar o dinheiro público só para estar aqui um monte de gente, nessa tribuna, uns acusando e outros defendendo. E tenho certeza de que não vai sair um relatório daqui para entregar a órgão nenhum no sentido de ajudar na solução do problema”, concluiu o vereador.
Se Audiências Públicas são eventos que permitem a participação de qualquer pessoa ou entidade interessada no assunto objeto da discussão. Nessa realizada em Pombal não faltou o debate temperado, o que faltou certamente foram às presenças, confirmando a previsão de que não participariam do que de nada servia.
Resumido a ópera: Foi como se produzir um bolo adocicado, mas sem cobertura ou recheio nenhum e com sabor indigesto. Ou seja, não serviria para nada.
Redação – Portal Liberdade PB