As Olimpíadas de Tóquio representam o marco de uma delegação brasileira praticamente igualitária entre atletas homens e mulheres. Nos Jogos Olímpicos, 49% dos 309 esportistas do Brasil são mulheres, o maior índice na história. No entanto, estudos apontam que quando se trata de cargos de liderança no meio esportivo, as mulheres ainda são minoria.
Em um levantamento realizado pela consultoria Impacta Advocacy, a presença feminina em cargos decisórios nas entidades de administração do esporte no Brasil é muito pequena. O estudo avaliou entidades esportivas com algum grau de relação com o Comitê Olímpico do Brasil (COB) e o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).
A pesquisa “Na liderança do esporte nacional, a igualdade de gênero ainda é um jogo desigual” concluiu que, entre as 61entidades esportivas filiadas ao COB, existem apenas quatro mulheres presidentes, onze mulheres vice-presidentes e somente três ocupam cargos equivalentes a um diretor executivo ou CEO. Já na CPB os números são, respectivamente, uma presidente, duas vice-presidentes e duas diretoras executivas ou CEOs.
Entre todas as instituições, ligadas ao COB, que foram avaliadas, somente 11% têm mais de 1/4 de participantes mulheres. Esse número na CPB aumenta para 33%.
Em junho de 2021, o COB criou a Coordenadoria de Esportes Femininos. De acordo com o comitê, o objetivo da coordenadoria é elaborar projetos para atletas, treinadoras e gestoras mulheres para apoiar a participação feminina não só no esporte, mas também em cargos de gestão. Também é esperado que o COB siga as orientações do Conselho Executivo do Comitê Olímpico Internacional (COI) de definir uma meta mínima de 30% para a representação das mulheres em seus órgãos de governança.
Fonte: GE
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