O Comitê Olímpico do Brasil divulgou nesta terça-feira dados sobre a delegação de atletas para as Olimpíadas de Tóquio. Dos 301 nomes inscritos para os Jogos, 90% foram vacinados ao menos com a primeira dose da vacina contra Covid-19. No total, 75% também já receberam a segunda dose.
Em maio, o COB começou a campanha de vacinação de atletas rumo às Olimpíadas. As vacinas foram doadas pelo Comitê Olímpico Internacional em um esforço para diminuir os riscos de contágio por coronavírus durante os Jogos. De acordo com Jorge Bichara, sub-chefe da missão brasileira em Tóquio, o percentual ainda pode aumentar. Segundo ele, alguns atletas ainda serão vacinados na capital japonesa e em outros locais.
– Temos alguns atletas que ainda estão em processo de busca pela vacina, por estarem em locais onde isso ainda é possível. No Brasil, encerramos ontem (segunda), mas ainda há países onde é possível, como nos Estados Unidos. Tivemos apoio de alguns países que nos ajudaram a vacinar os atletas, como Espanha, Portugal, Itália, Sérvia. De acordo com a política de saúde do governo americano, também foram disponibilizadas vacinas pra atletas em preparação nos EUA – afirmou.
De acordo com Bichara, alguns atletas preferiram não se vacinar, apesar da oferta do COB. O dirigente afirmou que a entidade respeitou a decisão diante da não-obrigatoriedade da vacina por parte do COI. Disse, porém, que a cobrança por protocolos mais rígidos será ainda maior nesses casos. O dirigente afirmou que o comitê não vai divulgar os nomes de quem preferiu não se vacinar.
– A vacina, como o Comitê Olímpico Internacional definiu, não foi obrigatória. Desta forma, tivemos atletas que optaram por não se vacinar. Foi uma escolha de ordem pessoal, temos nossas convicções, mas respeitamos posição de cada um. Sempre vamos cobrar de todos, e ainda mais desses atletas, respeito às condições de segurança – disse.
O Comitê Olímpico do Brasil anunciou na manhã desta terça-feira (horário de Brasília) os números finais da delegação brasileira em Tóquio. Serão 301 atletas e 18 substitutos, número diferente do divulgado anteriormente. De acordo com o COB, a justificativa é que esses atletas substitutos só vão se tornar olímpicos no momento que fizerem parte da disputa.
Dos 301 atletas, serão 161 homens e 140 mulheres. De acordo com Marco Antônio La Porta, vice-presidente do COB e chefe de missão em Tóquio, os atletas substitutos poderão ser acionados em caso de necessidade. Handebol, futebol, tênis de mesa, atletismo e hipismo serão os esportes que terão esses atletas alternativos em Tóquio.
– Os Jogos têm uma condição especial por conta da pandemia. Por isso, criamos a figura do atleta substitutos. Estarão em Tóquio e podem ser acionados em caso de necessidade. Esses atletas não são olímpicos, a não ser que haja a necessidade – afirmou.
Fonte: GE
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