
O ministro do Interior, Gérard Collomb, viajou à zona nesta quinta à noite para se reunir com as autoridades “depois dos graves incidentes que ocorreram hoje”, indicou em sua conta no Twitter.
No total, cinco imigrantes ficaram feridos por tiros, quatro deles muito gravemente, e deviam ser operados de urgência. O quinto teve que ser transferido à cidade de Lille (norte).
Os outros feridos sofreram traumatismos e feridas menores pelo uso de armas brancas em algumas situações desta briga que começou quando dividiam a comida, informou uma fonte judicial.
O “prognóstico de vida é reservado” para quatro dos feridos por tiros, jovens de entre 16 e 18 anos da Eritreia, disse à AFP uma fonte da Procuradoria local.
Trata-se do pior balanço desde 1º de julho de 2017, quando as brigas entre diferentes grupos étnicos deixaram 16 feridos, incluindo um gravemente.
Atualmente, cerca de 800 imigrantes vivem em condições muito difíceis em Calais, segundo as associações na área. A Prefeitura estabeleceu sua última cifra entre 550 e 600. A maioria é originária de Etiópia, Eritreia e Afeganistão.
O presidente francês, Emmanuel Macron, prometeu em meados de janeiro durante um discurso em Calais que “em nenhum caso” deixará que se forme novamente uma “Selva” nesse porto, se referindo ao enorme campo informal de mais de 8.000 migrantes.
“Está sendo feito todo o necessário para que a passagem ilegal em Calais (para o Reino Unido) seja impossível”, acrescentou Macron neste porto de onde se cruza o Canal da Mancha.
LiberdadePB-Ana Paula Leite
Fonte: O globo