O agravamento da pandemia da Covid-19 no Brasil voltou a interferir diretamente — e numa carga até maior que antes — em vários setores da sociedade. E, claro, para quem vive do dia a dia do esporte não foi diferente. É o caso dos paratletas Petrúcio Ferreira e Cícero Valdiran, que vão representar o país nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, previstos para acontecer no segundo semestre de 2021. A dupla precisou passar um novo período de treinos em isolamento — em virtude de um decreto do Governo da Paraíba, que visou conter o avanço da doença no estado —, mas ambos já estão retomando suas rotinas normais.
Treinador dos dois paratletas, Pedro de Almeida afirmou que, pelo fato de os treinos terem potencial de adaptação para se enquadrar nas condições individuais de cada atleta, o período de isolamento não causa uma perda tão profunda. Pedrinho, como é mais conhecido, também explicou que a retomada dos trabalhos após essa breve pausa não tem sido empecilho no rendimento dos atletas em meio a esse período de treinamento. As atividades retornaram na última segunda-feira, apenas com a presença do técnico — que tem três medalhas de ouro e uma de prata no Mundial de Atletismo Paralímpico de Dubai, em 2019 —, de Petrúcio, de Cícero e de mais dois atletas.
— Por preocupação e cuidado com a minha saúde e com a dos atletas, uma de nossas ideias é voltar aos treinamentos presenciais apenas com os atletas que disputarão, nesta temporada, os jogos de Tóquio. Por conta desse carrego que estamos vivendo, tive que reduzir o número de atletas nos treinos presenciais nessa fase. O que eu notei foi que confirmou o que eu esperava: a melhoria do desempenho deles nos testes. Se tivesse competição nestes dias, a expectativa era a de que eles iriam fazer ótimas marcas — afirmou.
O recordista mundial de atletismo paralímpico, Petrúcio Ferreira, por exemplo, seguiu em sua rotina de treinamento na semana passada, só que isolado com seus familiares em um sítio no interior do estado. Para o velocista, inclusive, o período de quarentena decretado pelas autoridades calhou com o momento de transição de atividades e, pelo menos neste primeiro instante, não deve impactar o ritmo de preparação.
— Acabou que esses dias de quarentena se encaixaram no momento de transição para nós, que estamos treinando desde novembro do ano passado. Este mês, que seria de competições, acabou por se tornar um mês voltado para a nossa preparação, o que acabou, de certa forma, nos beneficiando — avaliou.
As Paralimpíadas – que devem ter 4,4 mil atletas participantes em 22 modalidades – têm sua cerimônia de abertura prevista para acontecer no dia 24 de agosto de 2021 e a de encerramento em 5 de setembro. As Olimpíadas, por sua vez, serão abertas em 23 de julho e terminarão em 8 de agosto.
Fonte: GE PB
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