No último domingo, dia 15 de novembro aconteceram as eleições municipais e o que se viu por todo o Brasil foi um grande esquema de votação cuidadosamente pensado pelo TSE – Tribunal Superior Eleitoral e TRE – Tribunal Regional Eleitoral de cada Estado da federação. Além do processo normal de votação essa teve uma diferença muito grande que é o fato de estarmos vivendo uma pandemia e devido a isso se fez necessário uma série de cuidados especiais para evitar a contaminação pela covid-19.
Todas as pessoas envolvidas no trabalho receberam EPI – Equipamento de Proteção Individual que incluía máscaras e um protetor facial o qual deixou os mesários parecidos com astronautas nem parecia uma eleição, mas parecia uma viagem ao espaço. Junto aos cuidados com os cuidados para com os “servidores” da Justiça Eleitoral (leia-se escravos forçados e escravos voluntários), houve também cuidados com os eleitores os mesmos receberam muito álcool em gel nas mãos ao entrar e sair das seções e teve horário especial apara idosos que são pessoas do grupo de risco, cada um era obrigado a levar sua própria caneta e outros.
Tudo isso é válido porque a covid-19 é uma realidade que ninguém pode negar, como eu sempre digo “não quero ficar do lado dos ‘negacionistas’, porém me recuso a ficar do lado dos ‘alarmistas’, vou buscar sempre o bom senso no meio termo”, diante disso é compreensível os cuidados exigidos para acessar os locais de votação, embora eu considere um certo exagero (principalmente o capacete de astronauta).
O problema é que o nosso sistema “cobre um santo e descobre o outro”, todo esse cuidado teve validade curta, durou apenas entre às 07 e 17 horas, sem falar que só vale para a parte interna do local de votação, vários locais de votação registram diversas aglomerações na parte externa e ruas próximas, pessoas já comemorando antecipadamente, após o fechamento das urnas “aí o negócio ficou feio”, “o pau quebrou para valer”, o que se viu nas ruas foram muitas aglomerações, festas, paredões, carreatas, buzinaçõs, caminhadas, abraços, banhos de cachaça e por aí vai.
Resumindo o “bê-á-bá”, não é difícil deduzir que o “coronga vírus”, resolveu morar no dia 15 de novembro dentro das seções eleitorais, não é preciso ser médico para ter essa conclusão, basta um pouco de raciocínio lógico, repetindo dentro dos locais de votação e no horário determinado todo cuidado é pouco, mas fora pode “soltar à rédea” que tecnicamente está tudo bem. Isso é um absurdo, quando for daqui algum tempo esses mesmos políticos que promoveram as aglomerações durante toda a campanha e agora na comemoração vão aparecer na mídia na maior “cara de madeira” para dizer fecha tudo porque está vindo aí uma segunda onda do “coronga”.
A hipocrisia dessas pessoas não tem limites, “credo in crui”, fazem o povo de “besta” mesmo, cá entre nós faça um exercício de reflexão será que esse vírus chinês é tão perigoso assim mesmo? Se a resposta for sim, como explica que desde o meado de agosto e o início de setembro começou a reabertura do comércio e as pessoas abriram “a força” as praias e áreas de lazer e mesmo assim o número de obtidos só vem diminuindo.
A verdade é que os números da pandemia têm sido manipulados desde o início ao “gosto do freguês, antes os números altos eram interessantes para barganhar mais verbas para o suposto combate, vale lembrar que vários hospitais de campanhas foram construídos Brasil a fora e que a maioria deles nem se quer foram usados, só para refrescar a memória muitos governadores e prefeitos estão sendo investigados pela PF – Polícia Federal na já conhecida “Operação Covidão”, lembrado que o STF – Supremo Tribunal Federal conferiu autonomia aos Estados e Municípios a gestão do combate a pandemia, restando ao Governo Federal apenas a provisão de recursos através do Ministério da Saúde e Ministério da Educação no caso dos Hospitais Universitários (não pouco dinheiro até setembro a cifra já ultrapassava meio trilhão de reais segundo a Consultoria de Orçamento da Câmara dos Deputados) . Agora os números estão em baixa porque isso era interessante para supostamente legitimar a realização das eleições, será que agora após o pleito os índices voltarão a subir? Só o tempo poderá responder esta pergunta. Diante disso não tem como não se lembrar da citação do ex-primeiro ministro inglês Disraeli: “Existem três tipos de mentira, a mentira, a mentira deslavada e a estatística” e porque também não recordar o comentarista político Caio Coppolla: “Torturados os números confessam qualquer coisa”.
Só nos resta um sentimento de indignação com essa classe política egoísta que manipula as pessoas pensando só no seu prazer e lucro pessoal, deixa as pessoas confusas com orientações desencontradas e mentirosas.
Que Deus tenha piedade do povo brasileiro!
P.S.: “As escolas continuam fechadas em boa parte do país, a final de contas educação não é tão importante assim, informação não gera voto, burrice sim”.
Reinaldo Valverde Pereira, o professor Valverde detém os cursos de Licenciatura em História e Bacharel em Teologia, possui ainda formação profissionalizante em Comunicação Oral & Escrita e Jornalismo Digital e é autodidata em empreendedorismo. É estudante de pós-graduação em Educação Ambiental, Docência no Ensino Superior e Metodologias em Educação à Distância. É Entusiasta do Conservadorismo e do Liberalismo Econômico. Dispõe de uma vasta experiência em docência com passagens pelo ensino fundamental, médio e educação de jovens e adultos. Atuou como professor da Rede Privada de Salvador e atualmente é professor da Rede Estadual de Sergipe, além de escrever periódicos, sendo colunista de vários portais de notícias de todo o Brasil escrevendo sobre diversos temas.
Reinaldo Valverde Pereira, Licenciado em História e Bacharel em Teologia.
Professor da Rede Estadual de Sergipe.
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