A novela envolvendo as eleições para a presidência da Federação Paraibana de Futebol (FPF) ainda não acabou. E, muito possivelmente, está se transformando em uma verdadeira série. A nova temporada traz acusações de manobra nos bastidores para que a chapa de Michelle Ramalho fosse eleita. As alegações nesse sentido partem de Arlan Rodrigues, candidato a vice-presidente na chapa derrotada no pleito, encabeçada pelo advogado Eduardo Araújo. Arlan cita, inclusive, o interventor João Bosco Luz como um dos responsáveis pela “condução” de Michelle Ramalho ao cargo maior do futebol de Paraíba e promete ir à Justiça para tentar anular o processo.
A bronca de Arlan é que, segundo ele, o interventor João Bosco Luz decidiu pela participação das ligas de futebol como votantes já às vésperas da eleição. Na verdade, o candidato a vice de Eduardo Araújo alega que sua chapa só teve essa informação pouco antes do pleito, ao passo que o grupo de Michelle foi informado com antecedência, o que acabou resultando na conversão dos votos para os vencedores da disputa. De fato, apenas três dias antes do processo que elegeu Michelle, a FPF incluiu no Colégio Eleitoral 10 ligas de futebol e, ainda, o São Paulo Crystal.
– Ele foi completamente tendencioso em abrir o voto para as ligas e só ter revelado isso para a nossa chapa três dias antes das eleições, enquanto a chapa deles (encabeçada por Michelle Ramalho) teve conhecimento bem antes. O interventor entregou oito votos à chapa de Michelle, que tem ao seu lado a neta de Rosilene, o filho de Nosman e Marcílio Braz. Veja que passo atrás nós demos no futebol paraibano – declarou Arlan Rodrigues.
Arlan relatou ainda que o posicionamento inicial de João Bosco Luz, então interventor da FPF, era o de não contar com as ligas como votantes para o pleito por conta de irregularidades. E que essa postura era repassada à chapa de Eduardo Araújo, derrotada nas eleições.
– Ele (o interventor) passou um mês inteiro informando a todos nós que as ligas não iriam votar graças a uma série de irregularidades. E, do nada, ele mudou isso três dias antes da eleição, e a outra chapa já sabia disso há 20 dias – reclamou o dirigente.
Arlan, que deixou o conselho deliberativo do Atlético de Cajazeiras para concorrer na eleição à presidência da FPF, vê a decisão de João Bosco como um claro prejuízo para a sua chapa.
A posição da chapa derrotada agora, de acordo com Arlan Rodrigues, é de reunir evidências que comprovem que a atitude do interventor foi tendenciosa, para acionar o Ministério Público e entrar com um processo na Justiça pedindo o anulamento do resultado das eleições da Federação.
– Nós estamos centrando as atenções a reunir as provas e entrar com o processo – revelou Arlan Rodrigues.
A intenção é a de tentar anular as eleições da FPF, alegando a interferência tendenciosa com a liberação da votação para essas 10 ligas amadoras.
Fonte: GE/PB