O impacto econômico causado pela pandemia da Covid-19 fez com que a janela de transferências do meio do ano, a mais movimentada do mercado do futebol, tivesse uma queda no número de negociações pela primeira vez em uma década. É o que aponta uma análise divulgada pela Fifa nesta sexta-feira, que leva em conta as movimentações no mercado 1º de junho de 5 de outubro.
Esta é a primeira vez que a Fifa divulga uma análise geral da janela de transferências dias depois do fechamento do mercado – a versão completa sairá em janeiro. A entidade levou em conta um período mais longo por conta das alterações nos calendários causadas pela pandemia, de forma com que fosse abrangido um tempo em que quase todas as ligas do mundo estiveram com uma janela aberta.
Houve um total de 7.424 transferências na janela do meio do ano, uma queda significativa, de quase 18%, com relação a 2019, quando 9.087 atletas mudaram de clubes. O número de 2020 é o menor desde 2017, ficando bem próximo do patamar de 2016, quando 7.364 transferências foram realizadas no mesmo período.
Entre as 7.424 negociações concretizadas entre junho e outubro, 1.222 envolveram valores e taxas, com outras 6.202 ocorrendo de forma livre. Um total de 3,92 bilhões de dólares (R$ 21,7 bilhões) foi movimentado com as transferências – uma queda de mais de 30% com relação a 2019, quando 5,8 bilhões (R$ 32,1 milhões) foram envolvidos em 1.623 negócios. O valor não era tão baixo desde 2016.
De acordo com o estudo da Fifa, 53,2% das transferências ocorreram com atletas que estavam sem contrato e assinaram sem custos para seus clubes. Outros 19,2% representam atletas que foram emprestados ou tiveram seus empréstimos renovados. Do total de movimentações, 14,7% foram retornos de empréstimos, e apenas 13% representam vendas de atletas em definitivos.
A Europa, mais uma vez, dominou o mercado de transferências, sendo o continente que teve mais jogadores entrando e saindo – seja em movimentações internas ou com outros continentes: um total de 6.097 entradas e 5.591 saídas. A América do Sul vem em segundo no ranking, com 491 entradas e 698 saídas.
Em termos de valores, os clubes da Uefa também foram os que movimentaram mais dinheiro seja em compras ou vendas. As equipes da Conmebol aparecem em segundo no total de vendas, com 295,3 milhões de dólares (R$ 1,6 bilhão) – mas caem para quarto no total de compras, com 24,9 milhões de dólares (R$ 137,5 milhões) investidos, ficando atrás do total da Ásia e das Américas do Norte e Central.
Em uma análise separada por país, o Brasil é o único não-europeu que aparece entre os 10 que mais receberam atletas de fora – e também entre os que mais enviaram. A Inglaterra foi o país que mais contratou reforços de fora, em um total de 485 jogadores, e o Brasil foi o 10º, com 202. No ranking dos que mais enviaram atletas para outras nações, a Inglaterra também é líder, com 524 – o Brasil é o quinto, com 329.
Em termos de valores, os clubes da Uefa também foram os que movimentaram mais dinheiro seja em compras ou vendas. As equipes da Conmebol aparecem em segundo no total de vendas, com 295,3 milhões de dólares (R$ 1,6 bilhão) – mas caem para quarto no total de compras, com 24,9 milhões de dólares (R$ 137,5 milhões) investidos, ficando atrás do total da Ásia e das Américas do Norte e Central.
À esquerda, total investido na compra de jogadores de outros países; à direita, o total recebido em vendas — Foto: Reprodução/Fifa
Fonte: Globo Esporte
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