
Os Jogos Olímpicos são maravilhoso por diversos motivos, e um dos principais é o fato de serem imprevisíveis. Mas, nós jornalistas, sempre damos um jeito de tentar projetar os resultados, tentar, de uma certa forma, prever qual será o rendimento de cada país. Para os Jogos de Tóquio, (ainda) marcados para o dia 23 de julho, será ainda mais difícil “adivinhar” quem será o campeão.
As competições anteriores às Olimpíadas, geralmente, são usadas como parâmetro para analisar os favoritos para as Olimpíadas. Mas, das 50 modalidades olímpicas, somente oito tiveram Campeonatos Mundiais em 2020. Pior: mais da metade sequer teve um evento relevante no período de março de 2020 até janeiro de 2021.
Modalidades como esgrima, caratê, pentatlo moderno, boxe, saltos ornamentais, taekwondo, tiro, tiro com arco, skate, wrestling, levantamento de peso e vôlei de praia sequer tiveram torneios importantes desde o início da pandemia. Essas provas estão sem parâmetro no mundo, é muito difícil saber se os favoritos lá de 2019 seriam os mesmos ainda em 2021.
E os esportes coletivos? Como tentar analisar alguma coisa, se os atletas estão jogando há mais de um ano em seus clubes, mas não se reúnem na seleção. Aí, para esses esportes, os torneios preparatórios, que ainda estão marcados para os próximos meses, serão como parâmetro. Casos da Liga das Nações de vôlei e Liga Mundial de polo aquático.
Por outro lado, algumas modalidades é possível ter um parâmetro melhor, mesmo sem muitos eventos importantes. São os casos de atletismo e natação, em que as marcas são muito importantes e dão parâmetros para termos uma ideia de como estão os atletas. Na semana passada, por exemplo, o americano Ryan Crouser quebrou o recorde mundial do arremesso do peso indoor.
Esportes como Ciclismo mountain bike, hipismo, tênis, golfe e ciclismo estrada conseguiram, de uma certa forma, ter uma temporada de 2020 recheada de eventos. Os melhores do planeta competiram uns contra os outros e conseguimos ter algum parâmetro. Em menor proporção, vimos torneios relevantes de badminton, judô, tênis de mesa, triatlo e vela.
É difícil que no último ano tenha surgido algum atleta que não tinha se destacado em 2019 e que vá ao pódio nas Olimpíadas. Mas é muito provável que atletas que estavam muito bem há um ano e meio, não tenham o mesmo nível em 2021 e que o contrário também aconteça. Aquele que ficou em décimo terceiro em um Campeonato Mundial de 2019 tenha conseguido treinar, melhorar seu rendimento e, hoje, ser o melhor do planeta, mesmo sem ter competido.
Se tudo der certo, daqui a seis meses teremos as Olimpíadas, que têm tudo para ser ainda mais imprevisíveis.
Fonte: GE
Envie informações para a redação do nosso site pelo WhatsApp.