O julgamento civil contra Donald Trump em Nova York, acusado de estupro e difamação por uma ex-jornalista, entrou em reta final. Nesta segunda-feira (8), os advogados de E. Jean Carroll, a mulher que entrou na Justiça contra o ex-presidente dos Estados Unidos, e os de Trump fizeram suas alegações finais.
Carroll, de 79 anos, processou Trump no ano passado, alegando que ele a estuprou em uma loja de departamento de Nova York em 1996. Ela também afirma que Trump a difamou depois que ela tornou pública sua acusação em um livro, em 2019.
Ao apresentar suas alegações finais nesta segunda, a advogada de Carroll pediu para que o júri do tribunal federal em Manhattan responsabilize Trump pelo ocorrido.
“Ninguém, nem mesmo um ex-presidente, está acima da lei”, afirmou a advogada Roberta Kaplan.
A advogada lembrou ao júri que sua cliente foi interrogada “por mais de dois dias e respondeu a cada pergunta”, em particular as “razões por não ter gritado” durante o suposto estupro que teria ocorrido há mais de 25 anos.
Trump não compareceu
Trump, que sempre negou as acusações, não compareceu ao tribunal durante as audiências do julgamento.
Contudo, nos trechos em vídeo do interrogatório ao qual foi submetido pela advogada de acusação em outubro do ano passado, divulgados na sexta-feira, ele disse que se trata da “história mais ridícula e asquerosa”. “Tudo é mentira”, afirmou, e chamou Carroll de doente.
Ele disse diversas vezes que não conhecia a acusadora, apesar de ambos aparecerem sorridentes, junto de seus respectivos parceiros, em uma foto apresentada no julgamento e feita antes de seu suposto encontro em 1996, na qual Trump confundiu Carroll com sua ex-esposa Marla Maples.
Além disso, Trump descreveu Carroll como uma mulher que “não fazia [seu] tipo”.
“A verdade é que” Carroll “fazia exatamente o seu tipo”, disse, por outro lado, Kaplan.
Os advogados de Trump devem apresentar seus argumentos finais mais tarde nesta segunda, antes de os nove jurados – seis homens e três mulheres – se retirarem para deliberar na terça-feira.
O veredicto, que é esperado para esta semana, determinará a possível responsabilidade de Trump e, em caso afirmativo, a indenização por danos e prejuízos que Carroll reivindica.
O caso é um de vários revezes legais que o republicano de 76 anos enfrenta enquanto busca voltar à Casa Branca nas eleições de 2024.
Fonte: G1
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