O Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (TRT-8) solicitou à Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que o Treze seja proibido de registrar novos atletas, até que o clube realize o pagamento integral de uma ação trabalhista impetrada por um ex-jogador. O processo tramita na 4ª Vara do Trabalho de Ananindeua e o ofício com esta solicitação foi encaminhado esta semana.
Em nota, o Treze disse ao ge que “em poucos mais de uma semana no comando do clube, de forma mais ampla a nova gestão do Treze fez um levantamento geral de todos os processos existentes, buscando uma solução para administrar a situação. Com relação ao caso específico, o setor jurídico ciente do fato, estará tomando todas as medidas cabíveis para reversão da decisão ora apresentada”.
Na ação, o ex-atleta do Galo da Borborema alega que sua carteira de trabalho só foi assinada três meses depois da data do contrato, inclusive com um valor quase sete vezes menor do que havia sido acordado entre ambos.
Em outro ponto do processo, o jogador foi dispensado em agosto (quando seu contrato iria até outubro) e que não recebeu parte do salário de maio, além dos salários de junho, julho e agosto. Segundo o jogador, o clube afirmou que só pagaria o débito perante a Justiça do Trabalho.
Uma audiência presencial foi convocada para o dia 10 de junho deste ano, na sede da 4ª Vara do Trabalho de Ananindeua, no Pará. Porém, a audiência foi encerrada pelo fato de o Treze não ter comparecido, seja através de algum dos seus diretores ou representado pelo seu setor jurídico.
Por causa disso, o juiz Fernando de Jesus de Castro Lobato Júnior determinou a execução da dívida, que inclui 13º salário, férias e um 1/3 de férias; FGTS mais um percentual de 40%, os salários não pagos entre maio de 2019 e agosto de 2019, além de multas previstas na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e cláusula compensatória esportiva, que deve ser cumprida quando há atraso salarial, rescisão indireta ou dispensa imotivada do jogador.
Na semana passada, o novo presidente do Treze, Olavo Rodrigues, abriu o que ele chama de “caixa de pandora” do clube e revelou ter assumido o cargo com uma dívida de R$ 15 milhões. Em apenas 12 dias de gestão, a diretoria identificou 103 processos trabalhistas, um deles envolve o Inter de Lages-SC, em que o valor já chega a R$ 7 milhões.
Fonte: GE PB
Envie informações para o site pelo WhatsApp.