Com a saída de cubanos do programa “Mais Médicos”, a cidade de Pombal também será afetada.
A baixa na atenção básica atingirá centenas de pessoas até que a defasagem seja suprida com a garantia da presença de outros profissionais.
Para Joel Ernesto (foto), um dos cubanos que atou em nível local, a situação deverá gerar prejuízos já que em sua maior parte se trata de especialistas em saúde da família.
Para ele a presença cubana no Brasil desde 2013 marcou consideravelmente o “antes” e o “depois” da saúde comunitária, realidade que não despertava o interesse de profissionais do país.
“Foi positiva essa presença e a população viu que deu certo”, lembrou Joel.
A decisão da retirada partiu do próprio governo do seu país em razão de “declarações ameaçadoras e depreciativas” do presidente eleito Jair Bolsonaro.
Em agosto, ainda em campanha, Bolsonaro declarou que “expulsaria os médicos cubanos do Brasil”.
No entanto ao falar a reportagem do Portal Liberdade PB, Joel Ernesto reconhece o posicionamento do futuro presidente que reconhece a injustiça quanto ao pagamento feito aos prestadores desse serviço no país e a não permissão para que familiares possam acompanhá-los durante a estada no Brasil.
A decisão de Cuba deve ser executada até o final deste ano o que gera preocupação e exige do novo governo um plano de superação “em curto prazo”.
Aqui em Pombal essa política permitiu o atendimento para pessoas que não teriam acesso de outra forma.
A expectativa é de que o governo federal e de transição encontrem as condições adequadas para a manutenção do programa, realidade que também passa pelos gestores municipais que precisam estar empenhados para garantir o atendimento à saúde de suas comunidades.
OUÇA O MÉDICO CUBANO JOEL ERNESTO:
Marcelino Neto