Um movimento foi iniciado em Pombal objetivando preservar o acervo da 1ª Vara da Comarca de Pombal.
Segundo informações o Fórum Dr. Nelson da Nóbrega está passando por uma reforma e diante do exposto uma das propostas feitas por uma comissão do próprio tribunal seria de incinerar documentos antigos, entre eles processos.
Medida essa, segundo uma primeira avaliação, acabaria gerando imensurável perda por Pombal ser uma das unidades mais antigas do estado e contar com um material histórico de importante valor, até mesmo para narrar e compreender fatos da própria justiça paraibana.
Uma das alternativas seria, caso houvesse o interesse, microfilmar todos esses processos e guardá-los em algum lugar no próprio Tribunal de Justiça ou em algum espaço adequado.
Ainda segundo o repassado boa parte deles com fungos, outros já desapareceram pela ação do tempo.
O movimento alertando para o fato e em defesa desse material começou a ser encampado pelo historiador Werneck Abrantes, escritor Jerdivam Nóbrega de Araújo, Gutemberg Pereira, além de outros.
A finalidade é preservar um pouco da história não só da cidade, mas da justiça paraibana que registra em sua dimensão importantes personalidades de Pombal, a exemplo de juízes e desembargadores.
É preciso sensibilizar as demais autoridades para que haja de fato essa preservação.
Somente para a compreensão da população existe ali um processo datado de 1870, Processo – Crime de Donária dos Anjos, mulher que migrou do Vale do Piancó pra Pombal e naquela época devido à inclemência da fome a jovem cometeu um crime, aliás, o único caso de antropofagia registrado na comarca ligado a seca. O relato diz que a mesma matou uma criança para se alimentar.
Em outras linhas processos de cangaceiros que atuaram na região, documentos esses que estão ameaçados por falta de conservação.
Algo deveria ser feito, tanto por parte do IPAEP quanto pelo Tribunal de Justiça, para a preservação importante conteúdo que muito servira para enriquecer os fatos históricos da cidade.
A informação foi repassada pelo jornalista João Costa da 98 FM da cidade de João Pessoa,
Marcelino Neto