
Campeonato enxuto, com poucos jogos e regulamento simples. Essas são as características da formatação do Campeonato Paraibano 2021. Na verdade, mais ou menos. A reportagem do ge Paraíba analisou o texto que rege o torneio deste ano e constatou que ainda faltam alguns detalhes que podem ser importantes no decorrer da competição.
Para começar, uma explicação rápida do torneio. O estadual deste ano será dividido em quatro fases. Na primeira, nenhuma complicação. Os oito times jogam entre si, em turno único, com os dois melhores pelo índice técnico – os critérios de desempate estão bem explicados no documento – avançando diretamente para a terceira fase (semifinal). O último colocado dessa primeira fase estará rebaixado para a 2ª divisão.
As equipes que ficarem do quarto ao sexto lugares comporão a segunda fase, que é uma repescagem (o 3º pegará o 6º, enquanto o 4º encarará o 5º), em jogos só de ida, na casa do melhor colocado. Quem avançar do duelo entre 3º e 6º enfrentará o 1º e quem avançar do confronto entre 4º e 5º duelará com o 2º nas semifinais, que também acontecerão em jogos únicos.
Disputa de 3º lugar “se necessário”
Neste momento, acontece a primeira omissão do regulamento. O documento fala que haverá uma disputa de 3º lugar geral entre os perdedores das semifinais caso seja necessário. Porém, em nenhum momento o texto explica quais circunstâncias tornam essa disputa necessária. A definição sobre a terceira colocação (e, consequentemente, sobre a quarta) poderá ser necessária para apontar o(s) representante(s) paraibano(s) na Série D do Brasileiro de 2022; caso o Botafogo-PB (que disputa a Série C neste ano) chegue à final, por exemplo, o terceiro colocado ficará com a segunda vaga destinada à Paraíba na 4ª divisão nacional do próximo ano.
Apesar de não colocar no regulamento as circunstâncias em que haverá a disputa da “medalha de bronze”, a Federação Paraibana de Futebol (FPF) já tem a sua visão. Quem explica é o diretor de competições, Gustavo Trindade.
– Caso necessário é se o Botafogo-PB for para a final, porque as duas vagas da Série D ficam para o segundo e terceiro colocados. E se também as duas equipes (os perdedores das semifinais) tiverem um jogo a mais do que o outro. Porque, se um time tiver mais jogo do que o outro, não tem como fazer a pontuação geral. Mas, se não houver necessidade, os clubes mesmo pediram para não ter essa partida porque é um custo a mais para eles – comentou.
Apesar de os critérios estarem claros para a FPF, o regulamento não mostra isso. E há um outro caso que também não consta no documento. Num cenário em que os dois times derrotados nas semifinais (e, portanto, sejam 3º e 4º colocados) não precisem ser indicados para a Série D e tenham quantidades iguais de jogos (por terem disputado primeira fase, repescagem e semifinais ou apenas primeira fase e semifinais), a FPF explicou que não haverá a partida extra, mas o texto do regulamento não deixa claro se, para efeito de definição sobre quem é 3º e quem é 4º, vão ser contados apenas os jogos da primeira fase ou se serão somados os demais (da repescagem e/ou semifinais).
Definição de 5º e 6º colocados sem critério definido
Outra questão que poderá se tornar importante para 2022 é a definição do 5º e do 6º colocados. No regulamento não há especificados quais são os critérios para decidir essas posições: se é pela classificação apenas da primeira fase ou se soma-se a pontuação da fase inicial com a da segunda fase (a repescagem).
Mas o torcedor pode perguntar: é importante mesmo ter uma definição sobre essas posições? Sim! Para além da importância histórica de saber todas as posições dos times que disputaram o Paraibano de 2021, o quinto colocado tem uma condição remota – ainda assim possível – de herdar uma vaga na Série D de 2022, caso os três paraibanos que disputam a 4ª divisão nacional neste ano – Campinense, Sousa e Treze – fiquem nas três primeiras colocações do estadual e subam para a Série C de 2022.
– O 5º e o 6º vão ser eliminados na segunda fase. Então, para saber quem é o 5º e o 6º do campeonato, vai somar as campanhas da primeira fase e da segunda (a repescagem) – comentou o diretor de competições.
Foto: Reprodução / FPF
Vale lembrar que está facultado à FPF definir novas resoluções para casos omissos do regulamento, a fim de dirimir quaisquer dúvidas sobre a formatação da competição.
E a final?
O regulamento também não cita quem será o campeão caso os dois times finalistas empatem em todos os critérios nos dois jogos da decisão. E foi novamente o diretor de competições da FPF que repassou a informação de que, nessa situação, a definição sobre quem fica com a taça vai acontecer após a disputa por pênaltis.
Fonte: GE PB
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