O Superior Tribunal de Justiça Desportiva começa nesta segunda-feira o inquérito do caso da acusação de injúria racial feita por Gerson, do Flamengo, contra Ramírez, do Bahia, que nega ter cometido qualquer ato de racismo.
Neste primeiro dia, serão ouvidos presencialmente como testemunhas o árbitro, os auxiliares e o delegado do jogo. O técnico Mano Menezes, que era o técnico do Bahia no duelo com o Flamengo, também seria ouvido, mas pediu para seu depoimento ser virtual, e uma nova data será marcada.
Gerson, Ramírez, Natan e Bruno Henrique também foram intimados a depor, o que acontecerá apenas no dia 3 de fevereiro. Os jogadores do Flamengo vão às 10h30, e Ramírez às 14h30.
Auditor sorteado para o caso, Maurício Neves Fonseca determinou que o inquérito seguirá em sigilo e somente depois da conclusão as informações serão divulgadas.
Além da esfera esportiva, o caso é também investigado na esfera criminal pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância.
Entenda o caso
O caso pode ser enquadrado no Art. 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva: praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência:
A pena prevê suspensão de cinco a dez partidas, se praticada por atleta, mesmo se suplente, treinador, médico ou membro da comissão técnica, e suspensão pelo prazo de 120 a 360 dias, se praticada por qualquer outra pessoa, além de multa, de R$ 100 a R$ 100 mil.
Na comunicação feita pelo Flamengo, Gerson afirmou que a injúria foi ouvida pelo zagueiro Natan. Bruno Henrique também foi citado como tendo tido uma discussão com Ramírez. O jogador do Bahia negou a acusação.
O auditor responsável pela condução do inquérito poderá ainda sugerir o depoimento de outros personagens. Ele terá o prazo de 15 dias, com possibilidade de prorrogação por mais 15 dias, para a conclusão.
Fonte: GE
Envie informações para a redação do nosso site pelo WhatsApp.