Será que o homem vem perdendo a queda de braço com a solidão? A verdade é que apesar de presenciarmos uma significativa evolução em termos tecnológicos no campo das comunicações, mesmo assim, o homem mostra-se solitário.
O whatssap, o instragram, o facebook e tantos os outros mecanismos que integram hoje a chamada “Redes Sociais”, realmente permitem a comunicação fácil, veloz e instantânea em termos de áudio e vídeo. Tal aspecto permitiu o reencontro de velhos amigos de bancos escolares, universitários, de infância, adolescência, de trabalho e tantos outros seguimentos.
Mas ao mesmo tempo, tais ferramentas às vezes deixa no ar uma falsa sensação de interação, pois ao utilizarmos essas redes sociais, na verdade estamos interagindo virtualmente, sem o olho no olho, sem o calor da presença do interlocutor, vez que cada um manuseia seu equipamento num ato solitário, vidrado na tela do seu Iphone, Galaxy, Iped, Notebook, seja recolhido num recanto qualquer de casa, ou mesmo, em meio a uma mesa repleta de outras pessoas.
É ao mesmo tempo fantástico, porque permite a comunicação de pessoas que estejam tão distantes, mas também cruel, haja vista que esses fascinantes instrumentos de comunicação estão isolando os indivíduos. Basta uma olhadela numa mesa de um restaurante para verificarmos que as pessoas em vez de estarem conversando, interagindo, na verdade, se não todas, mas uma grande parte, está navegando na virtualidade, abstraída da cena real da vida, se entregando para um mundo não palpável, sem o calor das relações humanas que acontecem no olhar e no sentir.
Será que viramos máquinas? Não quero afirmar que essas ferramentas não sejam importantes, mas é preciso equilíbrio no seu uso. Na vida tudo tem que ter a razão do equilíbrio.
Liberdade PB