Se há algo que gosto de contemplar é o mar. Suas águas em contínuo movimento, sejam de beleza azul ou verde, sejam barrentas da fúria de suas ondas, sempre me atrai.
Num dia só, te contemplo sereno e ora inquieto. No Sol nascente, as águas do meu mar, vão sonorizando o deitar da quebra de suas ondas nas areias do Cabo Branco, acordando-me. Douradas pelo brilho divino dos raios solares, suas águas reproduzem cenário mágico, de beleza incomensurável, além de demonstrar a infinita força da Santa Natura.
Olhando para ti, em solilóquio, fico a imaginar: Quanta perfeição? Quantos mistérios decorrem da tua existência? Mar que nunca dorme. Mas se suas águas um dia cansarem de tantas idas e vindas, resolverem parar de trabalhar, então, o que será do nosso planeta e do impetuoso do homem? Seu movimento que impulsiona o tempo talvez seja uma das chaves que mantém viva a humanidade.
O Mar, suas profundezas guardam segredos inimagináveis. Insondáveis cordilheiras, como a da Mariana, submersa e distante demais dos olhares e do alcance dos homens. O mar dos poetas, que nas madrugadas infindas, sentados nas areias e com o violão no peito, contemplando o grande deserto marítimo, a Lua e as estrelas, fazem do instrumento ecoar a sonorização homenageando o amor.
Seja no rouco barulho de tuas ondas enfurecidas ou no silêncio acolhedor das suas calmas águas piscinais, é sempre gratificante te olhar e se colocar em reflexão, pois há permanentes lições à serem absorvidas de teu existir. Te contemplo, te sinto e te ouço num ritual que conduz ensinamentos para o continuar vivendo voltado para o amor, a paz e a fé em Deus Criador. Onaldo Queiroga.
Liberdade PB