Cristina Kirchner, que governou a Argentina entre 2007 e 2015, aparece nesta segunda-feira novamente ante os tribunais para testemunhar no caso de suborno conhecido como “Cadernos da corrupção”, que já levou a operações de busca e apreensão em três residências suas.
Na segunda-feira, “vou ao tribunal de Bonadío pela sétima vez”, anunciou a ex-senadora e atual senadora em sua conta no Twitter, de onde pediu a seus seguidores que não se manifestem.
“Não se mobilizem, ponham sua energia em defender a universidade e a saúde pública, a ciência e a tecnologia e ajudar aqueles que estão passando por dificuldades, que infelizmente não são muito poucos em nosso país hoje”, escreveu Kirchner.
Kirchner, de 65 anos e que governou a Argentina entre 2007 e 2015, já havia comparecido em 13 de agosto a uma primeira sessão de interrogatório no tribunal que investiga o pagamento de subornos por parte de empresários para obter contratos de obras públicas.
A ex-presidente, da corrente de centro esquerda do peronismo, considera que o caso que a tem como a principal beneficiária da trama de milionários subornos faz parte de um complô que pretende proscrevê-la da política.
O esquema de subornos, narrado em uma série de cadernos detalhados de um motorista do Ministério do Planejamento e que acabaram nas mãos da Justiça, abarca também a presidência do falecido Néstor Kirchner (2003-2007).
Como senadora, Cristina Kirchner conta com foro privilegiado que impede a sua detenção, embora possa ser denunciada e condenada.
Na semana passada, e após autorização do Parlamento, suas três residências em Buenos Aires e nas localidades de Río Gallegos e El Calafate, na Patagônia (sul), foram revistadas por ordem do juiz Bonadio.
Além disso, Kirchner tem abertos outros cinco processos judiciais por suposta corrupção e por encobrir iranianos no ataque à mutual judaica AMIA.
Fonte: AFP