Dois velhos amigos, hoje aposentados, estavam num cafezinho conversando sobre o passado e também acerca de situações dos dias atuais, ocasião em que falavam sobre os efeitos do pijama.
Conversa vai, conversa vem, um deles disse: – Olha quando eu estava na ativa costumava receber muitos convites para festas de 15 anos, casamentos, entregas de comendas, simpósios e lançamentos de livros. Hoje de pijama, são raros os convites que chegam. Aliás, costumava também receber no fim de ano cestas natalinas, caixas de vinho, contudo, agora não recebo mais nada disso e, também não conto aqueles que sempre me ligavam, ou mesmo, me visitavam corriqueiramente e desapareceram. E você amigo, continua recebendo muitos convites?
O outro replicou: – Amigo a situação é a mesma comigo, são poucos os convites que recebo atualmente. Isso tudo é passado. Mas digo uma coisa, aqueles que hoje nos prestigiam, ainda, é porque são nossos amigos e não do poder. Aqueles que hoje não nos ligam, não nos visitam e não enviam convites ou cestas, sem dúvidas, essa atenção atualmente deve está sendo prestada para alguém da ativa, o que implica dizer que na verdade eram bajuladores e, assim, levante as mãos para céu em tê-los distante.
Diante desse diálogo, mais uma vez mergulhamos em reflexão. Hoje sabemos que é difícil dizer que temos um amigo. São raros. Mas, é melhor poucos, pois na hora das dificuldades eles estarão presentes para espantar nossa solidão, emprestar um ombro para ancorarmos as aflições, nos escutar, dialogar e indicar com serenidade um caminho a ser seguido.
Restou a lição: “Para conhecermos os amigos é necessário passar pelo sucesso e pela desgraça. No sucesso, verificamos a quantidade e, na desgraça, a qualidade – Confúcio”.
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