Apenas duas vezes a seleção brasileira, sob comando de Tite, sofreu dois gols numa partida. Depois da Bélgica nas quartas de final da Copa de 2018, o empate por 2 a 2 com a Colômbia repetiu o feito de Lukaku, De Bruyne e companhia. O gol de Neymar na segunda etapa impediu a derrota da Seleção, que teve chances para virar a partida.
A Seleção viaja neste sábado para a Califórnia. O segundo amistoso nesta data Fifa será contra o Peru, no Los Angeles Memorial Coliseum, à 0h de quarta-feira (madrugada de terça para quarta). A TV Globo, o SporTV e o GloboEsporte.com, é claro, transmitem a partida ao vivo.
Para além de manter o retrospecto – Tite chegou ao 43º jogo à frente do Brasil, com 33 vitórias, oito empates, duas derrotas, com 83% de aproveitamento -, os ajustes feitos no intervalo serviram para mudar um pouco a cara do time brasileiro.
Foi Marquinhos quem melhor resumiu a primeira etapa e os problemas da equipe nos primeiros 45 minutos. Ele próprio sofreu. Assim como Arthur, Alex Sandro, Coutinho. A primeira etapa teve momentos de predomínio e mais perigo dos “cafeteros” – no scout final, do Sofascore, Brasil e Colômbia finalizaram seis vezes cada, com 57% de posse para os brasileiros, contra 43% dos colombianos.
– Foi nítido que as defesas tiveram dificuldades no primeiro tempo. Tanto nós quanto a equipe da Colômbia, era um jogo muito aberto. As duas equipes estavam conseguindo criar muitas ocasiões. No segundo tempo conseguimos neutralizar os contra-ataques assim que eles roubavam a bola. Algumas faltas táticas também foram essenciais para isso – admitiu o zagueiro do PSG.
O Brasil terminou a partida com 11 faltas contra nove da Colômbia – quatro delas em Neymar. Mas só houve um cartão amarelo. (Mais um) de Casemiro, por dura entrada no primeiro tempo.
– São coisas básicas. Acho que a pressão também faltou um pouco. Faltou ganhar alguns duelos, que foi o que a gente pecou no primeiro tempo. No segundo tempo conseguimos ajustar e foi melhor.
Flechas espetam Brasil
Sem James Rodríguez e Cardona, o português Carlos Queiroz modificou a equipe. Para Tite, se perdeu cadência e toque de bola mais apurado, o time colombiano ganhou “duas flechas”: Muriel e Roger Martinez. E como eles incomodaram Daniel Alves e, principalmente, Alex Sandro.
– A Colômbia tem característica de combate, de transição rápida, com qualidade técnica. Perdeu James que articulava, mas colocou duas flechas. Era bola longa, contato físico e contra-ataque – comentou Tite, também ressaltando a força de Zapata no ataque.
Para equilibrar a equipe, Tite recuou Coutinho para a linha de quatro no meio de campo. Dessa maneira, soltou mais Neymar, num espaço maior do campo e poupou Coutinho de um trecho muito grande do campo – ainda mais para quem não está no melhor da forma física. Quando fez as três modificações – contra cinco de Queiroz -, o treinador deixou Neymar pelo meio.
– Fizemos esse ajuste, do 4-3-3 para o 4-4-2. Na fase defensiva, Coutinho tinha espaço muito grande para preencher. Do centro para o lado, do lado para o centro. Com a mudança equilibramos mais a equipe.
Fonte: Globo Esporte