Um grupo de mulheres do Afeganistão fez um protesto do lado de fora do palácio presidencial em Cabul, a capital do país, nesta sexta-feira (3) no qual pediam para que os direitos que as mulheres tiveram nos últimos 20 anos sejam mantidos e que mulheres façam parte do governo do Talibã a ser formado.
Em um dos portões, havia pouco mais de dez mulheres. Elas carregavam pequenos cartazes nos quais pediam “um governo heróico com a presença de mulheres”.
As manifestantes afirmaram que não querem voltar ao passado.
Elas também distribuíram um documento no qual pedem que as mulheres afegãs tenham direito a educação, participação política e social no futuro do país, além de liberdade de discurso.
A volta do Talibã
Com o retorno do grupo fundamentalista islâmico ao poder após 20 anos, as afegãs temem perder os direitos sociais e econômicos que conquistaram nas últimas duas décadas.
O Talibã comandou o país de 1996 a 2001. O grupo foi acusado pelos americanos de esconder e financiar membros da Al-Qaeda, grupo terrorista comandado por Osama bin Laden e responsável pelos atentados de 11 de setembro de 2001.
Os EUA e seus aliados invadiram o Afeganistão pouco depois dos ataques terroristas. O grupo extremista foi expulso do poder com a invasão americana.