O céu é algo realmente fascinante. De dia ou a noite, os segredos da amplidão aguçam a curiosidade estabelecendo infinitas interrogações no olhar humano.
Quando o dia nasce, seja entre nuvens ou não, o sol acorda-nos e sua luz banha de dourado o céu. O cenário é de encanto, magia, uma verdadeira pintura divina a anestesiar nossa visão, espalhando tranquilidade e reflexões. Mas momento a momento, o dia vai se encaminhando para nos deixar nos braços da noite. Nesse percurso, a cada instante, o céu é único, pois no caminhar dos ponteiros do tempo, o cenário observado nunca é igual, apesar de sempre ficar a sensação enigmática do desconhecido que mora além do que nossa visão não consegue vislumbrar.
Quando a noite chega o céu torna-se ainda mais misterioso. Na escuridão de tempos nublados as nuvens escondem o fascinante brilho da Lua, rodeada por um infindo jardim de estrelas, umas estáticas no espaço infinito, outras candentes ou cadentes cruzando a escuridão. Mas essas nuvens que escurecem o céu, também permitem nosso olhar contemplar os inquietos e insondáveis relâmpagos rasgarem a amplidão, fazendo com que o medo nos tome de assalto pelos estrondos apocalípticos de trovões a balançarem o mundo.
Já em tempos de céu iluminado pela prateada Lua e estrelas, nossos olhares tentam alcançar e decifrar a imperscrutável beleza que o Senhor Criador paginou no universo e, assim, a ótica poética dos corações, como erupções vulcânicas, explodem em versos expandindo para todos os cantos a saudade e o amor.
E aí nesse instante o sertanejo levado pelos versos entoados pelo Rei do Baião canta: Olha pro céu meu amor/Olha como ele está lindo/Olha pra aquele balão multicor/Que lá no céu vai sumindo…..
Liberdade PB