Passamos por esse mundo terra e aqui deixamos que o egoísmo, a inveja, ganância, a sede do poder e a pompa do materialismo impere em nosso dia a dia.
O poder embriaga, gera ódio e radicalismo. Tudo vale no palco de um tempo em que atiramos pedras de forma insana, apesar de saber que também somos pecadores.
As dores da pandemia, parece não ter sensibilizado e colocado o homem em reflexão ao ponto do mesmo mudar para melhor. O ser humano continua o mesmo bárbaro. Presenciamos seres cada vez mais insaciáveis, insensíveis, prepotentes, sem qualquer demonstração de ser um facilitador, pelo contrário, o que vale é verdadeiramente dificultar os outros. O homem continua tirano e brincando de ser Deus.
Diante desse panorama, ficamos a nos questionar: Onde fica o inferno?
Nas pedras que atiramos nas vidraças alheias? Nas atitudes de ódio, de inveja, da omissão para com os nossos semelhantes? Nas palavras que vomitamos comemorando a desgraça dos outros? Na ausência de fé em Deus? Enfim onde fica o inferno?
Certamente encontra-se em todas essas situações que permeiam nosso cotidiano, situações embaladas por um frenético movimento de vida, onde conectados, via celulares, nos distanciamos daqueles que estão bem próximos de nós, fisicamente e, ilusoriamente, acreditamos que estamos cada vez mais próximos daqueles seguidores das redes sociais.
Qualquer um de nós, nos dias de hoje, via redes sociais, opina sobre tudo que é matéria, prolata julgamentos, sem prévias defesas e, assim, a humanidade caminha num viver esquálido atrás das telas de computadores, tabletes e celulares. O pior é que precocemente, muitas vezes, sem as cautelas necessárias, pais ofertam para as suas crianças esse mundo, que sem controle, torna-se sem fronteiras, cruel, impiedoso e fatal.
Ou homem encontra um ponto de equilíbrio nisso tudo, ou, então, sem dúvida, apressará seus passos para um abismo sem volta. Deus nos proteja e que o homem acorde antes que seja tarde demais.
Onaldo Queiroga
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