Por unanimidade, a Justiça manteve as medidas cautelares ao ex-presidente da Federação Paraibana de Futebol (FPF), Amadeu Rodrigues, definidas em primeira instância. A decisão foi julgada nesta quinta-feira, pela Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba. Na oportunidade, foi julgado o Habeas Corpus a pedido da defesa do ex-presidente, sob a relatoria do desembargador Ricardo Vital de Almeida, presidente da Câmara Criminal. Amadeu Rodrigues é apontado pelo Ministério Público e pela Polícia Civil como um dos cabeças de um esquema criminoso que manipulava resultados no futebol paraibano.
A defesa de Amadeu Rodrigues entrou com o recurso a fim de anular duas das cinco medidas determinadas aos investigados do caso. O objetivo era dar a condição do réu de se ausentar da Comarca onde reside sem autorização judicial, e também cessar a obrigação de se recolher em seu domicílio no período de 21h às 5h.
Com base na denúncia, o relator afirmou “que os fatos demonstram que Amadeu detinha o poder sobre o sorteio dos árbitros, sendo apontado como integrante do “Núcleo 1”, composto pelos líderes da organização criminosa, apresentando o referido núcleo como o mais importante, considerando o poder de seus membros, bem como suas influências diante do entes envolvidos no conluio”.
Relembre o caso
Amadeu Rodrigues foi condenado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por participação no esquema de manipulação de resultados no futebol paraibano. O ex-presidente da FPF foi banido de participação em qualquer evento ou entidade esportiva no ano passado e condenado a pagar uma multa de R$ 20 mil. A Operação Cartola, como foi denominada, foi deflagrada no mês de abril de 2018, logo após o término do Campeonato Paraibano.
Além de Amadeu Rodrigues, outros cinco envolvidos no esquema foram banidos do âmbito esportivo: o ex-presidente do Campinense, William Simões, o ex-vice-presidente de futebol do Botafogo-PB, Breno Morais, o ex-presidente do Tribunal de Justiça Desportiva de Futebol da Paraíba (TJDF-PB), Lionaldo dos Santos, o ex-procurador do órgão, Marinaldo Barros, e o ex-presidente da Comissão Estadual de Arbitragem de Futebol da Paraíba (Ceaf-PB), José Renato Soares.
Amadeu Rodrigues também responde na esfera criminal, já que a Justiça acatou uma denúncia do Ministério Público que aponta o ex-presidente como um dos chefes do suposto esquema criminoso que buscava manipular resultados do Campeonato Paraibano do ano passado. Até o momento, o réu não foi julgado.
Fonte: Globo Esporte PB