O preço do gás de cozinha para botijões de 13 kg vai ficar 4,4% mais caro a partir desta quarta-feira (19). O aumento é relativo ao dissídio das distribuidoras, que têm autonomia para repassar ao consumidor a despesa da negociação salarial da categoria. A população pode preparar o bolso, pois em outubro está previsto outro reajuste sob o produto, em virtude da política de preços do gás liquefeito de petróleo (GLP) da Petrobrás, que prevê aumentos trimestrais.
De acordo com o Sindicato dos Revendedores de Gás GLP da Paraíba (Siregás-PB), a média de preço do gás de cozinha no Estado é de R$ 70. Com o reajuste, o valor sobe para R$ 75, pois o percentual de 4,4% não prevê impostos estaduais. Em outubro, a Petrobrás deverá anunciar um novo aumento sob o GLP de uso residencial. Os últimos reajustes aplicados pela estatal sob o gás de cozinha foram em julho (+4,4%), abril (-5%) e janeiro (-4,4%).
“As conversas no Rio de Janeiro são de um aumento de 4,9%, que deve acontecer depois das eleições. Mas esse percentual não é oficial”, declarou o presidente do Siregás-PB, Marcos Bezerra.
Impacto
A notícia pegou de surpresa a microempreendedora Lucicleide Lima de Jesus, que tem um pequeno restaurante no bairro da Torre, em João Pessoa.
Ela utiliza, em média, quatro botijões por mês. Como o estabelecimento é pequeno e fica localizado em frente a um revendedor de GLP, Lucicleide não costuma estocar o produto. O reajuste do gás de cozinha vai implicar um aumento de 7,14% no orçamento do restaurante.
“Esse ano já teve aumento de energia, gás, alimentos, e a gente segurou o preço das quentinhas em R$ 6 e R$ 10. Mas o pessoal ainda reclama que está caro. A tendência é as vendas diminuírem quando a gente reajustar o preço das quentinhas, porque não dá mais para sustentar esses valores”, lamentou.
Monitoramento
O secretário da Procuradoria de Proteção e Defesa do Consumidor de João Pessoa, Helton Renê, afirmou que o órgão deve publicar uma nova pesquisa de preços do produto ainda esta semana. “Infelizmente estamos amargando esta loucura que é a política de preços da Petrobras, que tem trazido grande variação no preço do gás, como também da gasolina. Aguardando apenas informações do setor de pesquisa para que possamos sair ás ruas verificando esse impacto”, afirmou.
Fonte: Correio da Paraíba