Será que tem como dar um freio no tempo? Assim indagou um amigo. Ele com um olhar assustado, exclamou: Rapaz, janeiro já está terminando, só se fala agora em carnaval e, já tem até propaganda do espetáculo da Paixão de Cristo sendo veiculada na TV. Daqui a pouco vem o São João, os feriados de 7 de setembro, e de 15 de novembro, o Natal e 2020 foi embora.
É o tempo não para, não para mesmo. Mas que venha logo fevereiro, até porque costumamos dizer que no Brasil o ano só começa após o carnaval. Que venha a folia sob o som do axé, para os baianos levar a alegria para as avenidas de Salvador, com seus trios elétricos puxando multidões. Que venha a contagiante beleza do desfile das Escolas de Samba Paulista e do Rio de Janeiro, espalhando o som do samba, com histórias cantadas pelos enredos, passistas e carros alegóricos.
Que venha o frevo, o maracatu e os cabloquinhos. Que venha o Galo da Madrugada com seus milhares foleões, que sob chuva ou sol arrasta o frevo por ruas, avenidas e pontes do Recife. E o Recife antigo? Bom demais. As famílias ali assistindo a história do carnaval num desfile de blocos a relembras antigos carnavais, de maracatus, de orquestras de frevo a contaminar a nossa alma. E o Marco Zero! Sob o som palpitante do maestro Spok e do fantastico Alceu Valença a quarta-feira de cinzas amanhece como se fosse o sábado de carnaval.
Que vivamos essa festa, pois querendo ou não o carnaval é alegria, gera divisas, trabalho e foleões, até porque, de um jeito ou de outro os foleões brincam, extravassam e viajam no ilusório mundo da fantasia carnavalesca. É festa tradicional que deve ser preservada e aperfeiçoada. O que não pode é o excesso. Tudo na vida tem que ter equilíbrio. Não pode o excesso de bebida, a violência, a droga, o lixo espalhado e degradando o meio ambiente.
Vamos brincar e viver esse momento com muita alegria, paz e amor! Que venha fevereiro, sua folia, felicidade, euforia, animação e como diz o poeta “quando fevereiro chegar, saudade já não mata a gente”.
Liberdade PB