Uma denúncia chegada à redação do Portal Liberdade PB informou a retirada de vários trilhos da antiga Estação Ferroviária de Pombal.
O fato foi verificado por alguns moradores da área na tarde da última sexta-feira (26.04) e segundo o repassado realizado por funcionários a serviço da prefeitura.
Uma questão levantada é se tal atividade poderia acontecer, mesmo para a execução de alguma obra sem o devido processo licitatório, principalmente levando em conta que a área não pertencer ao município.
O prédio da referida estação estaria cedido, com a permissão da Companhia Ferroviária do Nordeste, aos cuidados do senhor Miguel Ferreira da Silva.
Uma questão logo veio à tona: se a prefeitura desapropriou o terreno ou dispõe de alguma autorização para intervir no espaço.
Foram em torno de 27 trilhos, medindo 1,5 metros e mais três cujas dimensões chegam a quatro metros.
Diante da situação um Boletim de Ocorrência (257/2019) foi lavrado na 2ª Delegacia de Polícia Civil local por Miguel Ferreira que chegou a afirmar a autoridade policial que os mesmos foram retirados por uma máquina a mando do secretário Ailton Melo que no momento se encontrava presente ao local.
O comunicante chegou a afirmar não saber para onde os mesmo foram levados, porém confirmando que a ação foi feita por servidores da prefeitura de Pombal.
Os trilhos foram levados em um veículo caçamba para local até então ignorado.
O fato será comunicado também a Ferrovia Transnordestina Logística (FTL), bem como aos órgãos federais competentes.
Na denúncia, tipificada como um caso atípico, Miguel Ferreira relata ainda que uma corrente medindo aproximadamente 20 metros que teria sido comprada por ele e instalada no local para servir de isolamento também foi levada com os demais objetos.
A Polícia irá investigar o caso já que várias versões surgiram nos meios populares sobre a destinação do material, inclusive a possibilidade de que poderia se destinar a uso particular.
A Estação Ferroviária de Pombal vem sendo cuidada por Miguel Ferreira da silva desde o ano de 1998, e já existe um processo de tombamento do local pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba – IPHAEP.
Marcelino Neto