Rússia classificou nesta sexta-feira (3) de histeria as novas acusações dos Estados Unidos de ingerência russa no processo eleitoral americano, como foi denunciado nesta quinta-feira por autoridades da administração Trump na Casa Branca.
Em entrevista coletiva, o diretor de Inteligência Nacional, Dan Coats, afirmou que a Rússia trabalha para “enfraquecer e dividir” os EUA e que o governo americano tem planos para evitar a interferência de Moscou nas eleições legislativas, previstas para novembro.
Um grupo de altos funcionários americanos, incluindo Coats; o diretor do FBI, Christopher Wray; e a secretária de Segurança Nacional, Kirstjen Nielsen, prometeu investigar e processar quem tentar influenciar a opinião pública americana e lançar o que Wray descreveu de uma “guerra de informação”.
“Esta histeria, que dura dois anos em torno da suposta interferência russa que nunca aconteceu, não apenas socava as relações bilaterais, como também ridiculariza todo o sistema político americano”, declarou a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zajarova, em coletiva de imprensa.
Investigação
O suposto conluio entre membros da campanha presidencial de Trump e russos ligados ao Kremlin, para favorecer sua vitória em 2016, é investigada pelo Departamento de Justiça dos EUA.
A CIA e o FBI confirmaram o envolvimento de russos no processo eleitoral que levou Trump à presidência, inclusive indiciando cidadãos daquele país por hackearem computadores do Partido Democrata e prejudicarem a candidata Hillary Clinton.
Em julho, após reunião com Vladimir Putin, Trump se viu às voltas ao dizer que acreditava no presidente russo sobre não ter havido interferência. Depois, a Casa Branca e o próprio presidente dos EUA voltaram atrás e disseram apoiar as investigações.
Trump disse que aceita a conclusão da Inteligência americana de que houve interferência da Rússia, mas nega com veemência que tenha havido conluio para fazer os resultados das eleições se inclinarem a seu favor.
Fonte: G1