O Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) condenou o ex-presidente da Federação Paraibana de Futebol (FPF), Amadeu Rodrigues, e baniu o dirigente de participação em qualquer evento ou entidade esportiva, além de o condenar ao pagamento de uma multa no valor de R$ 20 mil. O julgamento aconteceu nessa quinta-feira na sede do Tribunal de Justiça Desportiva de Futebol de São Paulo (TJDF-SP). Amadeu é mais um ente do futebol paraibano a ser condenado pela justiça desportiva por participação no esquema de manipulação de resultados investigado pela Operação Cartola, do Ministério Público da Paraíba e da Polícia Civil. Além dele, outros cinco nomes do futebol do estado já haviam sido banidos.
Operação Cartola, que investigou esquemas de corrupção no futebol da Paraíba, foi deflagrada no mês de abril, logo após o encerramento do Campeonato Paraibano deste ano. Os documentos da Polícia Civil e do Ministério Público apontaram Amadeu Rodrigues como líder do esquema de uma suposta organização criminosa que comprava árbitros e manipulava resultados de partidas.
Logo após o caso ganhar visibilidade, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) afastou Amadeu do cargo do presidente da FPF, iniciando uma série de trocar no comando da entidade durante todo o ano de 2018.
A sentença de Amadeu Rodrigues acontece após uma série de adiamentos nas sessões, inclusive, no julgamento passado, a defesa do dirigente solicitou mais um tempo para que novas testemunhas fossem escutadas. Mas isso não foi o suficiente os auditores decidiram pelo banimento do dirigente.
Com a condenação em pena máxima, Amadeu se junta aos outros cinco nomes banidos que estavam envolvidos na Operação Cartola. São eles: o ex-presidente do Campinense, William Simões, o ex-vice-presidente de futebol do Botafogo-PB, Breno Morais, o ex-presidente do Tribunal de Justiça Desportiva de Futebol da Paraíba (TJDF-PB), Lionaldo dos Santos, o ex-procurador do órgão, Marinaldo Barros, e o ex-presidente da Comissão Estadual de Arbitragem de Futebol da Paraíba (Ceaf-PB), José Renato Soares.
Os árbitros paraibanos que não poderão mais apitar futebol profissional são: Adeilson Sales (árbitro da FPF), Antônio Carlos Rocha (árbitro da FPF), Antônio Umbelino (árbitro da FPF), Éder Caxias (árbitro da CBF), Francisco Santiago (árbitro da FPF), João Bosco Sátiro (árbitro da CBF), José Maria de Lucena Netto, (auxiliar da CBF), Tarcísio José (auxiliar da FPF) e Josiel Ferreira (auxiliar da FPF). Todas as decisões ainda cabem recursos, com as defesas pondendo ainda dar entrada a Embargos de Declaração no próprio STJD.
Todos foram apontados pela Polícia Civil e pelo Ministério Público estadual como integrantes de uma suposta organização criminosa que comprava árbitros e manipulava resultados no futebol da Paraíba, especificamente na edição de 2018 do Campeonato Paraibano.
Fonte: Globo Esporte