A explosão sincronizada das bombas de dois terroristas suicidas fez ao menos 25 mortos – nove deles jornalistas, segundo o Comitê de Segurança dos Jornalistas Afegãos (AJSC), citado pela agência EFE – e quase 40 feridos no centro de Cabul, segundo o porta-voz do Ministério de Saúde Pública do Afeganistão, Wahidullah Majroh. A primeira explosão aconteceu às 8h (0h em Brasília) nas proximidades do escritório do Serviço de Inteligência (NDS); e a segunda exatamente entre os jornalistas que haviam ido cobrir o primeiro ataque no bairro de Shash Darak, segundo o porta-voz do Ministério do Interior, Najib Danish. Um dos mortos é Shah Marai, fotógrafo da agência
France Presse (AFP), conforme confirmado pela própria agência no Twitter. O Estado Islâmico (EI) assumiu a autoria, segundo a AFP.
“Os apóstatas das forças de segurança, dos meios de comunicação e outras pessoas foram para o local da operação, onde um segundo irmão camicase os surpreendeu com seu colete explosivo”, afirmou o ramo ligado ao EI no Afeganistão em um comunicado divulgado pela Amaq, agência ligada aos jihadistas.
Jornalistas como alvo
A ONG Comitê de Segurança dos Jornalistas Afegãos (AJSC) informou em sua conta no Twitter que está ciente da morte de nove jornalistas na explosão que aconteceu em Cabul, mas não divulgou suas identidades.
O porta-voz do Ministério de Saúde Pública do Afeganistão, Wahidullah Majroh, disse que entre os mortos estão Khair Muhammad, da rede afegã Tolo News, e Ebadullah Hananzai, da emissora Azadi Radio.
O fotógrafo Shah Marai, da AFP, também morreu na explosão, segundo confirmou a própria agência no Twitter. “O fotógrafo-chefe da France Presse em Cabul, Shah Marai, morreu. Ele morreu em uma explosão contra um grupo de jornalistas que havia ido ao lugar de um ataque suicida na capital afegã”, disse a agência francesa.
A rede de televisão 1TV informou que o cinegrafista Nawroz Rajabi e o repórter Ghazi Rasouli foram mortos no ataque. Um jornalista da Jahan TV, que ainda não foi identificado, também morreu.
Fonte: El País