
Mais uma situação verificada em Pombal divide opiniões. A obra de reforma da “Praça do Centenário”, antigo espaço da cidade demolido para a edificação de um logradouro moderno e adaptado a realidade atual, assim como aconteceu recentemente com a Praça Getúlio Vargas, foi embargada.
Por se tratar de uma estrutura localizada em um espaço de área tombada pelo patrimônio histórico, o serviço foi impedido de ser continuado por uma ação do IPHAEP.
O órgão tem o poder de impedir a execução de obras em bens tombados que não estejam em conformidade com as regras e projetos aprovados, e a suspensão ou embargo pode ser motivada por diversas razões.
O Portal não deseja debater o mérito da questão, nem buscar “culpados”, porém lamenta que uma obra que deveria estar sendo executada com previsão de conclusão até o aniversário da cidade, possa ficar parada no tempo.
O que poderia em breve se tornar um cartão-postal, hoje representa um cenário atípico na área central da velha cidade.
Independente de se buscar culpados ou direcionar responsabilidades, o que se questiona agora é como vai ficar?
A praça em sua estrutura foi demolida, não existe mais. Então que pelo menos se permita a reconstrução com a sua reforma e ampliação, mesmo fora daquilo que eles chamam de padrão histórico arquitetônico.
É verdade que existe uma luta para preservar todo o patrimônio arquitetônico do centro histórico de Pombal. O embargo na implantação do asfaltamento foi uma delas. Mesmo com a desaprovação foi feito e não há como negar que está servindo à população.
A reforma da Praça Getúlio Vargas, antes criticada, hoje é elogiada pela beleza que ostenta.
Agora vem a “Praça do Centenário”, apesar da determinação de suspender a obra, na situação que está não seria melhor o serviço continuar?
A obra vai ficar parada até quando? Se a antiga praça não existe mais, porque não sobrou “pedra sobre pedra”, permanecer sem a sua conclusão é como se ter “nada”, sem servir pra nada, ou absolutamente pra coisa nenhuma.
Chegamos a velha questão: “Ruim sem ela, pior sem ela”.
Diante do exposto a nossa Pombal e sua gente vai ficar aguardando uma decisão, espero que não seja centenária.
Me desculpem os senhores, mas liberar a obra será o melhor caminho.
Marcelino Neto