O primeiro-ministro do Iraque, Mustafa Al-Kadhimi, escapou de um ataque com um drone à sua casa em Bagdá neste sábado (6). Ele saiu ileso da tentativa de assassinato, informaram fontes de segurança iraquianas.
A rede de televisão Al-Arabiya informou inicialmente que um foguete caiu na casa do premiê iraquiano por volta das 2h50 de domingo (20h50 de sábado, em Brasília). Depois, a informação foi atualizada pelas forças armadas iraquianas, que disseram que o ataque ocorreu com um drone carregado de explosivos. De acordo com relatos da imprensa local, foram ouvidas duas explosões.
“Eu estou bem, graças a Deus, com o meu povo, e eu peço calma e tranquilidade a todos, pelo bem do Iraque”, escreveu o primeiro-ministro em um comunicado divulgado pelas redes sociais momentos depois do ataque.
“Os mísseis da traição não vão desencorajar os que acreditam, e nenhum fio de cabelo será atingido na agilidade e persistência das nossas heroicas forças de segurança em preservar a segurança do povo, alcançar a Justiça e aplicar a lei”, disse Al-Khadimi.
Até a última atualização desta reportagem, não se sabia qual grupo teria planejado o ataque contra o primeiro-ministro.
Violência se aproxima à Zona Verde
A casa de Al-Kadhimi fica na Zona Verde de Bagdá, uma área de segurança da capital iraquiana onde funcionam órgãos internacionais e embaixadas de diversos países. Geralmente, a região conta com uma proteção ainda maior.
A violência, no entanto, está cada vez mais perto dessa área protegida. Na sexta-feira, manifestantes marcharam rumo à Zona Verde em protesto contra o resultado das eleições parlamentares de outubro, que deram vitória a Al-Khadimi.
Forças de segurança abriram fogo, e um manifestante morreu. O premiê nega que tenha ordenado a reação e disse que pediu um inquérito para apurar porque os tiros foram disparados.
Parte desses manifestantes são de milícias xiitas que apoiam o Irã, que inclusive montaram acampamento perto da Zona Verde. Esses grupos disseram que a eleição de outubro foi fraudada — o que observadores internacionais negam.
Fonte: G1