Mais da metade dos democratas da Câmara de Representantes dos Estados Unidos apoiam iniciar um processo de impeachment contra o presidente Donald Trump – informou a imprensa local nesta sexta-feira (2).
Os progressistas esperam que esses dados diminuam a resistência da presidente da Casa, a democrata Nancy Pelosi, a iniciar uma investigação contra o presidente.
Dos 235 votos democratas, 118 tornaram público seu apoio para iniciar um procedimento para remover Trump do cargo, depois que o congressista Ted Deutch, da Flórida, mostrou-se favorável nesta quinta-feira.
Essa intenção tem aumentado desde que o ex-procurador especial Robert Mueller testemunhou perante o Congresso, na semana passada, sobre a investigação de dois anos da interferência da Rússia nas eleições de 2016 e a possível obstrução de Justiça por parte de Trump.
Deutch se tornou o 23º legislador a apoiar o procedimento desde que Mueller compareceu ao Congresso. Tomou essa decisão, porque, segundo ele, Mueller “confirmou as conclusões condenatórias de seu relatório”.
No informe, Mueller detalha como a Rússia interferiu “esmagadora e sistematicamente” em favor de Trump durante a campanha presidencial de 2016. O ex-procurador especial também expõe como a campanha de Trump acolheu essa ajuda e mentiu repetidamente sobre isso.
Os democratas argumentam que Mueller forneceu provas de dez casos de potencial obstrução de Justiça por parte do presidente.
Ultrapassar o limite de 50% pode ser fundamental, já que Pelosi tem repetido sua oposição ao impeachment – em parte, porque a maioria do partido permaneceu contra iniciar um procedimento deste tipo.
Em junho, quando Pelosi foi questionada se apoiaria um processo de impeachment com o respaldo de uma maioria democrata, ela se recusou a responder a uma pergunta hipotética.
“Não chega nem perto” da maioria, disse Pelosi, acrescentando que o impeachment “não estava fora da mesa”.
Pelosi havia dito que um processo de impeachment de Trump quase certamente levaria a uma absolvição no Senado, onde os republicanos são maioria, e isso encorajaria seus seguidores na busca pela reeleição de Trump em 2020.
No entanto, alguns democratas da Câmara dos Representantes alegam que é seu dever constitucional agir quando virem evidências de irregularidades presidenciais, independentemente das ramificações políticas.
Fonte: Istoé