O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, escolheu nesta quinta-feira (17) a deputada democrataDeb Haaland para ocupar o cargo de secretária do Interior. A parlamentar, que já criticou o presidente brasileiro Jair Bolsonaro pela política ambiental, será a primeira mulher de origem indígena a ocupar o posto.
No cargo, Haaland será responsável sobre as áreas ocupadas por quase 600 grupos indígenas no país e diversos parques, áreas públicas e de preservação ambiental, além das riquezas minerais dos Estados Unidos.
“Eu serei forte por todos nós, pelo nosso planeta e por toda nossa área protegida”, disse Haaland após o anúncio de Biden.
Em artigo assinado em março do ano passado com a deputada brasileira Joênia Wapichana (Rede-RR) e publicado no “The Washington Post”, Haaland criticou as políticas ambientais de Jair Bolsonaro e de Donald Trump — presidente americano que deixa o cargo em 20 de janeiro.
Biden tenta nomear gabinete diverso
Haaland será mais um nome de minorias representativas nos Estados Unidos a ocupar o gabinete do governo Biden caso todas as indicações se confirmem. O presidente eleito americano selecionou um cubano-americano para o departamento que, entre outras coisas, cuida da imigração; e uma mulher para coordenar as atividades de inteligência da Casa Branca.
Além disso, pela primeira vez os EUA deverão ter um negro no comando do Pentágono — como o general Lloyd J. Austin estava na ativa há apenas quatro anos, o Congresso terá que aprovar o nome. Nesta semana, Biden chamou Pete Buttigieg — militar e homossexual assumido — para o cargo de Secretário de Transportes.
A própria vice-presidente eleita, Kamala Harris, descendente de indianos e jamaicanos, representa a primeira vez que uma mulher chega ao cargo.
Fonte: G1