O presidente Jair Bolsonaro disse que não é possível acabar com as queimadas e o desmatamento no Brasil. Justificou que são questões “culturais”. A declaração foi na saída do Palácio da Alvorada na manhã desta 4ª feira (20.nov.2019), depois de ser questionado se conversou com o ministro Ricardo Salles (Meio Ambiente) sobre os dados divulgados pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) que mostram o desflorestamento da Amazônia nos últimos meses.
“Você não vai acabar com desmatamento nem com queimadas, é cultural. Eu vi a Marina Silva criticando anteontem. No período dela tivemos a maior quantidade de ilícitos na região amazônica”, afirmou o presidente.
Os dados (íntegra) do Inpe revelam que o desmatamento da região amazônica cresceu 30% de agosto de 2018 a julho de 2019, o maior nível em 10 anos.
Bolsonaro disse que o governo pretende editar uma Medida Provisória para regularização fundiária nos 9 Estados que compõe a Amazônia Legal. “Queremos é titularizar as terras. Daí uma vez havendo o ilícito, você sabe quem é o dono da terra, hoje em dia você não sabe.”
A Amazônia Legal engloba os Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão.
ALIANÇA PELO BRASIL
Bolsonaro disse que está trabalhando no estatuto da sigla que quer criar, o Aliança pelo Brasil. Afirmou que passou a noite “polindo” o documento. Na 3ª feira, assinou a carta com o pedido de desfiliação ao PSL, agremiação que estava desde março de 2018.
O presidente também fez 1 pedido aos apoiadores deles: “Eu só recomendo se filiar a algum partido se quiser se candidatar a alguma coisa no futuro. Se não quiser, não se filia não”. Além disso, descartou a possibilidade de Michelle Bolsonaro entrar em seu novo partido, e afirmou: “minha esposa não se envolverá em política”.
EXCLUDENTE DE ILICITUDE
Bolsonaro sinalizou que encaminhará ao Congresso, nesta 4ª feira, projeto de lei que regulamenta o excludente de ilicitude. O presidente negou que que o texto se aplicará apenas a militares em situações de GLO (Garantia da Lei e da Ordem), e afirmou que se estenderá a policiais federais, rodoviários e civis.
Fonte: Poder 360