O chefe da segurança privada de Mark Zuckerberg e de sua família, Liam Booth, foi acusado por dois ex-funcionários de sua equipe de assédio sexual, racismo e homofobia, informou o portal de negócios Business Insider, que teve acesso a cartas enviadas pelas vítimas aos administradores de patrimônio da família do fundador do Facebook.
Os documentos citam elevados níveis de assédio sexual e de agressão, além de um ambiente de trabalho onde os funcionários encaram comentários racistas, sexistas, homofóbicos e transfóbicos feitos por Booth. Os comentários eram dirigidos até mesmo a Priscilla Chan, mulher de Zuckerberg.
Em um dos episódios, Booth teria ligado as habilidades de Chan como motorista ao fato de ter origem chinesa – os pais dela chegaram aos Estados Unidos refugiados da China. Outros comentários atacavam os esforços de diversidade no Facebook promovidos por Zuckerberg.
Os ex-funcionários são representados no caso pela escritório de advocacia Bloom Firm, o mesmo que representou as vítimas de assédio do apresentador Bill O’Reilly, que acabou demitido do canal Fox News em 2017. Eles querem ser indenizados por perdas materiais relacionadas aos seus salários e por danos emocionais.
Um dos ex-funcionários também relata comentários agressivos de Booth a um subordinado homossexual a quem, posteriormente, o chefe de segurança teria apalpado.
As cartas não conectam o comportamento de Booth a Zuckerberg e tampouco insinuam que o fundador do Facebook tinha conhecimento dessas práticas. Porém, os ex-funcionários acusam Brian Mosteller, diretor administrativo de bens da família, de não tomar nenhuma atitude em relação a Booth, mesmo depois de terem denunciado o comportamento do chefe de segurança.
Um representante da família Zuckerberg disse que leva as denúncias a sério e que está investigando os casos. Booth foi funcionário do serviço secreto dosEstados Unidos durante o governo de Barack Obama. Ele lidera o esquema privado de segurança da família Zuckerberg, que consome anualmente 10 milhões de dólares do Facebook.
(Com Estadão Conteúdo)
Fonte: Veja