Um colombiano foi preso na segunda-feira (9) suspeito de agiotagem, em Cajazeiras, no Sertão paraibano. De acordo com o delegado do Grupo Tático Especial da Polícia Civil, Danilo Charbel, responsável pelo caso, o homem é suspeito de integrar um grupo que pratica o crime na cidade e na região.
“Aqui em Cajazeiras tem aproximadamente 30 colombianos. Após investigações a gente descobriu que três desses homens são integrantes de um grupo que faz esse serviço de agiotagem na cidade. Um deles foi preso após uma denúncia anônima feita à Polícia Civil na segunda-feira”, explicou Danilo Charbel.
Após a denúncia anônima, o suspeito, de 33 anos, foi preso em flagrante, quando fazia cobrança na casa de uma das vítimas. “Conseguimos prender o suspeito cobrando juros diários de R$ 50”, disse o delegado.
Segundo o delegado, ao ser preso, o colombiano confessou a prática do crime e alegou que faz o serviço porque não tem emprego. “Ele cobra juros das vítimas de acordo com o valor do emprestado, juros de até 20% diário, e tem que pagar o dinheiro em 24 dias. Todo dia ele passa na casa das vítimas pra cobrar. Ele mesmo confessou que empresta até R$ 5 mil, mas apenas para pequenos comerciantes”, explicou.
Conforme o delegado, os outros dois colombianos suspeitos de praticarem o crime na cidade estão na Colômbia. “A gente já sabe que são três. Um foi preso ontem, os outros dois estão na Colômbia e um deles também já foi identificado”, relatou.
Danilo Charbel disse ainda que com o suspeito foram apreendidos celular, computador, cartões de visita, cartões de devedores, folhetos, dinheiro, documentos veículos e um caderno de anotações com os nomes das vítimas.
“As vítimas têm vergonha e não querem colaborar porque estão sob pressões, ameaças. De 30 vítimas, apenas uma veio a delegacia e como o crime é de emprestar dinheiro a alguém, se não houver denúncia da vítima, não podemos fazer nada. Apenas essa vítima registrou o Boletim de Ocorrência e ela pediu pra não ser identificada”, disse o delegado.
Ao ser preso, o suspeito assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e, em seguida, foi liberado. “Ele assinou esse termo por violação de crime contra economia popular, em que a pena varia de dois a seis anos”, pontuou Danilo Charbel.
Ainda de acordo com o delegado, a Polícia Civil também notificou a Polícia Federal. “Notificamos a PF pra questão do visto de permanência desses colombianos, qual o tempo de validade deles. Solicitamos isso e estamos esperando respostas”, concluiu.
Fonte: G1PB