Cinco mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos na manhã desta quarta-feira (22), em João Pessoa, na sede do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB), e Campina Grande, na quarta fase da Operação Xeque-Mate. Nesta fase, a operação apura a possível cooptação do conselheiro do TCE, Fernando Catão, para, em benefício do empresário Roberto Santiago, preso na terceira fase da Xeque-Mate, impedir a construção do Shopping Pátio Intermares, no município de Cabedelo.
O TCE-PB informou ao G1 que está ciente dos fatos e que vai divulgar um posicionamento ainda na manhã desta quarta.
A ação, que teve início em abril de 2018, tem como objetivo desarticular um esquema de corrupção na administração pública de Cabedelo. Com a quarta fase deflagrada, a operação também investiga a atuação irregular da Associação de Proteção Ambiental (Apam), com sede em Campina Grande.
Diante disso, os mandados buscam reunir provas relacionadas à possível prática ilícita de concessão de medida cautelar, pelo TCE, no intuito de impedir a construção do Shopping Pátio Intermares.
A quarta fase contou com a participação de 30 policiais federais, sendo realizado o cumprimento dos mandados de busca e apreensão nas residências dos investigados e no Tribunal de Contas do Estado da Paraíba. Os mandados foram expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Entenda a participação de Fernando Catão na Xeque-Mate
Em outubro de 2018, um relatório parcial divulgado pela Polícia Federal, expõe mensagens de celular trocadas entre o empresário Roberto Santiago, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB) Fernando Catão e o senador Cássio Cunha Lima (PSDB/PB).
Segundo a investigação, Catão decidiu suspender uma licença ambiental que permitia a construção de um shopping em Intermares, em Cabedelo, depois de diálogos com empresário Roberto Santiago, que tinha interesse em barrar a construção do empreendimento.
Fonte: G1PB