
As cortinas da câmara do Conselho de Segurança da ONU, em Nova York, foram abertas na última 4ª feira pela 1ª vez, desde o ataque de bazuca contra o prédio, em 1964, quando discursava o então ministro da Indústria de Cuba, Che Guevara.
A decisão de abrir as cortinas, 55 anos após o ataque, foi da Alemanha. A atitude é 1 gesto simbólico para representar o início da gestão alemã no conselho que teve início em abril, de acordo com o jornal britânico The Guardian.
“A transparência e a abertura para uma participação mais ampla da sociedade civil e do exterior são cruciais, não só simbolicamente, mas também na prática, para credibilidade e legitimidade”, escreveu a missão alemã da ONU em rede social.
COMO FOI O ATAQUE
A razão pela qual as cortinas estavam fechadas há tanto tempo dá-se a 1 episódio pouco lembrado na história da ONU. A medida foi tomada após 1 incidente em 1964, quando 1 tiro de bazuca foi disparado em direção ao prédio da organização. O projétil atravessou parte do rio East, em Nova York, mas não alcançou seu objetivo. O único efeito foi 1 forte estrondo e tremores nas janelas.
No momento, Guevara discursava. Segundo relato do New York Times, na época Che Guevara não hesitou em fazer uma declaração antiamericana.
O ataque sucedeu-se ao mesmo tempo em que protestos estavam sendo realizados por exilados cubanos, em frente à sede da ONU.
Após a tentativa de atentado, o comunista mostrou-se despreocupado. Declarou que o ataque havia “dado mais sabor a coisa toda”.
As cortinas fechadas tinham o objetivo de proteger os diplomatas de cacos de vidro em casos de outros ataques semelhantes. A decisão alemã de abrir foi possível, em parte, por uma reforma realizada em 2013, na qual foi instalado 1 vidro resistente a quebra.
Fonte: Poder360