O deputado argentino baleado em um ataque contra um funcionário público na quinta-feira passada, morreu neste domingo, como resultado dos ferimentos produzidos, relataram seus colegas no Congresso e autoridades, que descartam crime político.
“Lamentamos profundamente a morte do deputado Héctor Olivares. Acompanhamos sua família naquele momento difícil”, tuitou o bloco Cambiemos, ao qual pertencia o legislador de La Rioja (noroeste). Blocos de oposição emitiram mensagens de condolências.
O deputado de 61 anos foi internado em estado grave na quinta-feira, pelas feridas causadas por uma bala que entrou na área abdominal e afetou o pâncreas, o fígado e o cólon.
No sábado foi verificada a falência múltipla dos órgãos, segundo a equipe médica do hospital público Ramos Mejía.
O ataque perpetrado perto do Congresso, no centro de Buenos Aires, a princípio causou comoção política, mas a tensão diminuiu quando motivações pessoais vieram à tona.
O chefe de gabinete do Ministério da Segurança, Gerardo Milman, confirmou na noite de domingo que “não foi um crime político”, em declarações ao canal de notícias TN.
“O alvo do crime não era o deputado Olivares, embora hoje tenhamos que lamentar sua morte”, acrescentou.
Em uma entrevista coletiva na sexta-feira, a ministra da Segurança, Patricia Bullrich, atribuiu o fato a “um clã mafioso” e descartou a motivação política.
Ainda não se sabe o motivo do ataque ao funcionário Miguel Yadón, de 58 anos, assassinado quando caminhava com seu amigo Olivares, deputado pela aliança Cambiemos, liderado pelo presidente Mauricio Macri.
A imprensa argentina ressaltou que o motivo do assassinato foi uma suposta relação mantida por Yadón com a filha de um dos agressores. A jovem, casada e mãe de dois filhos, negou à justiça conhecer as vítimas.
O caso parece estar resolvido com a prisão de seis pessoas, uma delas detida na sexta-feira no Uruguai, e a descoberta de uma arma na casa de um dos investigados, que a perícia avaliará se foi a mesma usada no crime.
Fonte: AFP