Na condição de historiador não poderia deixar de falar das mulheres neste dia em que as homenagens são tantas, porém, contudo, entendo que estas deveriam acontecer todos os dias. Isso por que a História sempre escondeu as mulheres como pode e não deu a elas o espaço merecido nas páginas dos livros, nos documentos públicos, nas cartas oficiais, nas tribunas do poder e somente reservou a elas a exibição da beleza física, sepultando suas intelectualidades, seus destemores e coragem. Maria Quitéria, no Império do Brasil; Joana D`arc, na França inquisidora, Nizinga, na corte de Angola, apenas para citar exemplos de mulheres que a história as reservou espaço em poucas páginas.
Neste dia toda homenagem as mulheres que são mães, esposas, empresárias, professoras, engenheiras, advogadas, jornalistas; as mulheres que estão na política; na segurança pública, no exército, nos hospitais e em todos os espaços que merecidamente são delas por direito de igualdade de gênero.
Todos os dias as mulheres merecem homenagens. Ao acordar e ao ir deitar. São elas que com a sensibilidade aguçada tem, realizam suas ações com amor. O amor pelo trabalho, pela família, por seus companheiros, por seus filhos e filhas. São elas cidadãs que movem o mundo, mulheres globais, mulheres guerreiras, mulheres destemidas, mulheres que se doam de corpo e alma, com garra, determinação e inteligência.
Portanto, que não seja apenas o oito de março, mas seja todos os dias, todas as semanas, todos os anos e décadas dedicadas a festejar as MULHERES!
Thiago Farias
Historiador
Presidente da AHIPP – Associação dos Historiadores e Professores de Pombal-PB