Exatamente cinquenta anos depois do lançamento do Apollo 11, que levou o homem à superfície lunar, grande parte da Terra poderá contemplar, nesta terça-feira, 16, um eclipse parcial da Lua. O fenômeno será visível no Brasil, dependendo das condições climáticas.
O eclipse também poderá ser visto da África, de parte da Europa e Ásia e da área ocidental da Austrália, segundo informou nesta segunda-feira, 15, a Sociedade Real de Astronomia (RAS, na sigla em inglês) de Londres, em um comunicado.
Um eclipse lunar ocorre quando o Sol, a Terra e a Lua estão alinhados e a Lua penetra no cone de sombra produzido pela Terra. O eclipse lunar pode ser total (quando a Lua é inteiramente encoberta) ou parcial, como ocorrerá nesta terça.
A Lua não ficará totalmente às escuras – cerca de 60% da superfície visível da Lua ficará coberta pela sombra, segundo a RAS. O satélite ficará sombreado e deve adquirir um tom alaranjado. Isso porque a atmosfera terrestre desvia os raios vermelhos do Sol em direção ao cone de sombra que cobrirá a Lua. Esse fenômeno é popularmente conhecido como “lua de sangue”.
Como assistir ao eclipse lunar
O eclipse parcial da Lua terá início às 17 horas (horário de Brasília) e poderá ser visualizado a partir das 17h31 em São Paulo, quando a Lua “nasce” no horizonte. O ápice do fenômeno ocorrerá às 18h30 e o espetáculo terá fim às 19h59.
O fenômeno astronômico poderá ser contemplado a olho nu, sem nenhum perigo à saúde, ao contrário do que ocorre com o eclipse do Sol. O uso de telescópios não é necessário, mas recomendado para aproveitar melhor a experiência.
Alguns observatórios brasileiros estarão abertos nesta terça-feira para o eclipse. Como parte das comemorações pelos 50 anos da ida do homem à Lua, o Observatório Nacional, no Rio, disponibilizará a centenária Luneta 46, o maior telescópio refrator do Brasil, para a observação do céu a partir das 18 horas desta terça.
O Observatório do Valongo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) ficará aberto das 17 horas às 20 horas, com explicações sobre o fenômeno.
Em Piracicaba, no interior paulista, o Observatório Astronômico de Piracicaba Elias Salum abrirá das 16h30 às 20 horas. O fenômeno também será transmitido em um telão, segundo a prefeitura.
Em Bauru, também no interior, o Observatório de Astronomia da Universidade Estadual Paulista (Unesp) vai disponibilizar, gratuitamente, telescópios para observação do eclipse lunar. A estrutura estará montada no estacionamento do mercado Wallmart de Bauru, segundo a Unesp.
O Observatório Astronômico da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis, terá sessão especial, aberta ao público, para o eclipse.
Quando será o próximo eclipse
Em 21 de janeiro deste ano, boa parte do planeta pôde contemplar um eclipse total da Lua. Foi a última vez que o fenômeno ocorreu. O próximo eclipse lunar ocorrerá em 10 de janeiro de 2020, mas será apenas penumbral, ou seja, a Lua penetrará a penumbra (a parte mais externa do cone de sombra formada pela Terra), tornando o fenômeno quase imperceptível.
Segundo a agência espacial americana (Nasa), o próximo eclipse total da Lua será visível das Américas em 26 de maio de 2021. /COM AFP.
Fonte: Estadão