
A Tunísia, o país onde a Primavera Árabe começou, em 2011, tem uma eleição parlamentar neste domingo (6). Ela acontece no meio do primeiro e segundo turnos da escolha para presidente.
A segurança foi reforçada: cerca de 100 mil policiais e soldados patrulharam cerca de 4.500 locais de votação, notadamente perto das fronteiras com a Argélia e a Líbia.
A Tunísia tem tido problemas com o desemprego e ataques de extremistas.
São cerca de 16 mil candidatos de mais de 200 partidos que vão ocupar os 217 assentos na Assembleia dos Representantes do Povo.
Os primeiros resultados deverão ser apresentados na quinta-feira (10).
Dificilmente um partido único vai conseguir uma maioria para um mandato de cinco anos.
A expectativa é que dois grupos tenham mais votos:
Ennahdha, um partido político islâmico
Qalb Tounes, partido de Nabil Karoui, um milionário da mídia que está preso
Eleições para presidente
As eleições parlamentares acontecem no meio de dois turnos das eleições presidenciais.
O professor de direito Kais Saied enfrenta Karoui, que está preso, no dia 13 de outubro.
O Ennahdha, o partido islâmico, é o maior no Parlamento hoje, e sua expectativa é manter sua dominância para poder comandar uma campanha contra a corrupção e Karoui.
O empresário é acusado de não pagar impostos e lavar dinheiro, mas ele nega os crimes e diz que é um alvo por ser um político.
Essas eleições legislativas tiveram pouco interesse público, que é mais focado na corrida presidencial, mas os analistas políticos dizem que a votação deste domingo (6) terá um impacto duradouro.
“A importância é grande porque os vencedores vão decidir o futuro do nosso país e as nossas principais escolhas políticas, econômicas e sociais”, disse Hakim Ben Hammouda, um ex-ministro que, hoje, é um analista.
Fonte: G1/Por Associated Press