EUA e Argentina se unem contra Maduro e estudam sanções ao petróleo. Oposição venezuelana busca um novo líder para as eleições. EUA e Argentina se unem contra Maduro e estudam sanções ao petróleo. Justiça chavista proíbe oposição da Venezuela de disputar eleições unida
Argentina e Estados Unidos querem forçar Nicolás Maduro a restabelecer a ordem institucional na Venezuela. Como medida de pressão, os dois países estão considerando impor sanções econômicas, especialmente ao petróleo venezuelano, conforme discutido pelo secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, e seu homólogo argentino, Jorge Faurie, durante uma reunião realizada no domingo em Buenos Aires. O representante da Casa Branca também considerou outras opções, como proibir a venda de produtos venezuelanos em seu país.
“Vemos a Argentina e o Governo Macri como defensores da democracia na região, e é por isso que analisamos mecanismos conjuntos para exigir que a Venezuela cumpra a Carta Democrática da OEA, uma vez que os venezuelanos merecem outro governo que respeite as liberdades individuais”, disse Tillerson durante conferência de imprensa realizada após a reunião. Para Tillerson, ficar de braços cruzados é “deixar que o povo venezuelano continue sofrendo”, por isso “sancionar o petróleo ou proibir a venda nos EUA de produtos que venham da Venezuela é algo que continuamos considerando”.
A possibilidade de que os Estados Unidos aprovem sanções contra o petróleo venezuelano por enquanto parece distante, e Tillerson destacou que qualquer medida para pressionar Maduro não deve afetar o povo venezuelano.
Há alguns dias, o presidente argentino Macri, um dos líderes latino-americanos mais críticos contra Maduro, avisou que a Argentina não reconhecerá o resultado das eleições gerais convocadas pelo líder venezuelano, programadas para ocorrer antes de 1º de maio. Faurie foi na mesma linha: “Não reconhecemos o processo político e o rumo autoritário tomado pela Venezuela”. Faurie lamentou que a situação da Venezuela “tenha resultado em uma emergência de saúde e humanitária de proporções realmente extraordinárias” e propôs maneiras de “evitar o financiamento direto ou indireto do Governo da Venezuela” como medida de pressão.
Os dois ministros concordaram que o Peru é quem deve decidir se a Venezuela deve ou não ser excluída da próxima Cúpula das Américas a ser realizada em Lima. Tanto o Governo dos EUA quanto o da Argentina respeitarão a decisão do anfitrião e não tentarão condicioná-lo, disseram.
LiberdadePB-Ana Paula Leite
Fonte: El País