O ex-presidente da montadora francesa Renault, o franco-brasileiro de origem libanesa Carlos Ghosn, entrou com uma ação contra as empresas japonesas Nissan e Mitsubishi Motors por violação abusiva de seu contrato em uma empresa com sede na Holanda – informou um de seus porta-vozes à AFP.
“Ele confirmou a apresentação de uma ação judicial perante a Justiça holandesa”, disse o porta-voz.
O ex-CEO da Renault e da Nissan pede 15 milhões de euros (16,8 milhões de dólares) a título de indenização.
Fundada em 2017 para explorar as sinergias entre os dois grupos, a subsidiária Nissan-Mitsubishi B.V. (NMBV) foi dissolvida em março de 2019, após a prisão de Carlos Ghosn no Japão por suspeita de fraude financeira.
A Nissan e a Mitsubishi Motors (MMC) disseram em janeiro que Ghosn havia recebido como administrador do NMBV “uma remuneração total de 7.822.206,12 euros”.
Segundo a Nissan, que quer recuperar o montante indevidamente recebido, Ghosn fez um contrato por conta própria em 2018, “sem discutir com os outros membros do conselho de administração da NMBV”, no caso os presidentes da Nissan, Hiroto Saikawa, e da Mitsubishi Motors, Osamu Masuko.
Fonte: AFP