
O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, aceitou a denúncia contra o ex-presidente paraguaio Horacio Cartes por organização criminosa. A decisão é da última quarta (8).
Cartes foi acusado na operação Patrón, desdobramento da Lava Jato fluminense. Com isso, ele se torna réu no Brasil.
A suspeita é que ele tenha ajudado na fuga de Darío Messer, o “doleiro dos doleiros”. Messer está preso desde o fim de julho e também se tornou réu neste processo.
De acordo com a investigação, Messer mandou uma carta ao ex-presidente do Paraguai pedindo US$ 500 mil para cobrir gastos jurídicos, quando ainda estava foragido.
A operação, batizada de Patrón, é um desdobramento da Câmbio Desligo. Em espanhol, a palavra significa “patrão” e é o termo reverencial com que Messer se referia a Cartes.
Ex-presidente foi eleito senador
Cartes pede ao Ministério Público paraguaio para ser investigado naquele país. Ele não chegou a ser preso por não estar no Brasil, mas pediu um habeas corpus ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2). O pedido foi negado.
Cartes foi eleito senador, mas não assumiu o cargo. Além disso, ex-presidentes paraguaios têm direito a um título de senador vitalício. Por isso, há dúvidas se ele teria direito a foro privilegiado.
São réus:
- Roque Fabiano Silveira
- Najun Azario Flato Turner
- Maria Leticia Bobeda Andrada
- José Fermin Valdez Gonzalez
- F. C. A.
- Arleir Francisco Bellieny
- Alcione Maria Mello de Oliveira Athayde
- Edgar Ceferino Aranda Franco
- Valter Pereira Lima
- Roland Pascal Gerbauld
- Myra de Oliveira Athayde
- Lucas Lucio Mereles Paredes
- Jorge Alberto Ojeda Segovia
- F. A. C.
- Cecy Mendes Goncalves da Mota
- Antonio Joaquim da Mota
- Luiz Carlos de Andrade Fonseca
Fonte: G1